segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O procurador que encontrava um culpado por semana finge que não vê bandidos há seis anos e meio

por Augusto Nunes
para a Veja
31 de julho de 2009



Até janeiro de 2003, o procurador Luiz Francisco Fernandes de Souza encontrava um pecador por semana. Desde o dia da posse do companheiro Lula, não enxergou mais nenhum. Aos 47 anos, há seis e meio ele anda sumido do noticiário político-policial que frequentou com assiduidade e entusiasmo enquanto Fernando Henrique Cardoso foi presidente. Continua solteiro, mora na casa dos pais, pilota o mesmo fusca-85, enfia-se em ternos amarfanhados que imploram por tinturarias e não usa gravata. A fachada é a mesma. O que mudou foi a produtividade.

Se o que aconteceu nos últimos meses tivesse ocorrido na Era FHC, Luiz Francisco estaria encarnando em tempo integral, feliz como pinto no lixo, a figura do mocinho disposto a encarar o mais temível dos vilões. O Luiz Francisco moderno quer distância de barulhos. Enquanto cardeais da igreja principal e sacerdotes do baixo clero multiplicavam em ritmo de Fórmula 1 o acervo nacional de crimes, delitos, contravenções e bandalheiras em geral, ele atravessou o primeiro semestre em sossego. Enquanto senadores pediam empregos, ele encaminhava pedidos de licença remunerada. Todos foram atendidos.

Nascido em Brasília, ex-seminarista da Ordem dos Jesuítas, ex-bancário, ex-sindicalista, Luiz Francisco cancelou a filiação ao PT em 1995, 20 dias antes de tornar-se procurador regional do Distrito Federal. ”A militância é incompatível com o cargo”, explicou. A prática trucidou a teoria: nunca militou com tamanha aplicação. Convencido de que sobrava bandido e faltava xerife, não respeitava fins de semana, feriados ou dias santos. “Trabalhar é minha grande diversão”, repetia entre uma e outra denúncia.

Luiz Francisco garante que ganha pouco mais de R$ 7 mil por mês. Até que desistisse da candidatura a operário-padrão, mereceu os R$ 19 mil prometidos como salário inicial a um procurador do Distrito Federal. Nenhum outro conseguiria acusar tanta gente durante o dia e, à noite, escrever dúzias de parágrafos do livro que exigira 24 anos de pesquisas. Publicado em 2003 pela Editora Casa Amarela, “Socialismo, Uma Utopia Cristã” pretende provar, segundo o autor, que “até a metade do século XIX o socialismo exibia uma clara inspiração religiosa, especialmente cristã”. Tem 1152 páginas.

Deveria ter sido menos prolixo. Intrigados com o mistério da multiplicação das horas do dia, outros procuradores e todos os inimigos examinaram com mais atenção a papelada que jorrava da sala de Luiz Francisco. Aquilo não fora obra de um homem só, informaram as mudanças de estilo, a fusão de trechos corretamente redigidos com atentados brutais ao idioma, o convívio promíscuo entre substantivos em maiúsculas e adjetivos em minúsculas. E então se descobriu que o inquisidor incansável frequentemente assinava ações, denúncias e representações que já lhe chegavam prontas, enviadas por interessados na condenação de alguém.

Decidido a atirar em tudo que se movesse fora do PT, acabou baleando com denúncias fantasiosas vários inocentes. Nenhum foi tão obsessivamente alvejado quanto Eduardo Jorge Caldas Pereira, secretário-geral da Presidência da República no governo Fernando Henrique. Há menos de dois meses, o Conselho Nacional do Ministério Público reconheceu formalmente que Eduardo Jorge, enfim absolvido das denúncias improcedentes, foi perseguido por motivos políticos e condenou o perseguidor a 45 dias de suspensão.

Luiz Francisco alega que o caso está prescrito. Se tivesse obedecido à Justiça, bastaria provar que pelo uma das numerosas acusações a Eduardo Jorge fazia sentido. Como obedeceu aos mandamentos da seita petista, prefere usar o calendário para encerrar a história que o devolveu ao noticiário no papel de culpado —pela segunda vez desde o começo da superlativa temporada de férias. A primeira está completando três anos.

Em 2006, o procurador que se dispensou de procurar criminosos foi procurado pelo colombiano Francisco Colazzos, o “Padre Medina”, procurado pela Justiça do país onde nasceu. O foragido apresentou ao homem da lei as credenciais de embaixador das FARC e pediu ajuda para escapar da cadeia. Celebrada a aliança entre o ex-sacerdote acusado de homicídio e o ex-seminarista que nunca viu um pecador caseiro, renasceu o ativista temerário. Luiz Francisco ensinou o parceiro a safar-se de investigações policiais. Os truques só conseguiram retardar a prisão.

O protegido esperava na gaiola o julgamento do pedido de extradição encaminhado pela Colômbia ao Supremo Tribunal Federal do pedido de extradição quando o protetor foi à luta. Embora não tivesse nada a ver com o caso, entrou com uma ação judicial para que Colazzos fosse devolvido à Polícia Federal. A solicitação foi encampada sucessivamente pelo Ministério Público, pela Polícia Civil e pelo juiz da Vara de Execuções Criminais, Nelson Ferreira Junior, antes de esbarrar no ministro Gilmar Mendes.

Admoestado pelo presidente do STF, publicamente e com aspereza, Luiz Francisco só escapou de castigos mais severos porque o Planalto nunca falta a companheiros aflitos. Dois meses depois da tentativa de obstrução da Justiça, o governo promoveu Colazzos a guerrilheiro, concedeu-lhe asilo político e, de brinde, arrumou emprego para a mulher. Sem alternativa, o STF devolveu-o a liberdade.

O que mais andou fazendo Luiz Francisco para matar o tempo?, quis saber a coluna nesta sexta-feira. Uma funcionária da Procuradoria informou que não seria possível encontrá-lo. Em lugar incerto e não sabido, está gozando de mais um período de descanso remunerado.

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/o-pais-quer-saber/o-procurador-que-encontrava-um-culpado-por-semana-finge-que-nao-enxerga-bandidos-ha-seis-anos-e-meio/

Katyn, massacre comunista e mídia amestrada

Ipojuca Pontes | 29 Maio 2009
Artigos - Cultura


Como todo sistema comunista se alicerça única e exclusivamente em cima da mentira, com a quebra do "Pacto Molotov-Ribbentrop", em 1941, a troika Soviética passou a atribuir o massacre de Katyn aos nazistas, embora toda Polônia soubesse que a carnificina tinha sido ordenada por Stalin e a vontade do Politburo. Aos recalcitrantes nativos que ousassem levantar a voz contra a mentira soviética, caia sobre eles a mais virulenta repressão, não raro acompanhada de novos fuzilamentos.

Assim está escrito na secção de serviço "Rio Show", no Segundo Caderno de "O Globo", sobre o filme "Katyn", do cineasta polonês Andrzej Wajda (pronuncia-se "Vaida"): "Drama. Os bastidores do massacre de Katyn, meses depois da invasão nazista na Polônia, em 1939". Tão só e nada mais.

Ignorância cega ou má fé cínica? O massacre de Katyn, um dos episódios mais torpes da 2ª Guerra Mundial, que eliminou praticamente toda elite militar polonesa, foi perpetrado pelos comunistas soviéticos, a partir de ordens expressas do Kremlin. Então, por que não mencionar no "Rio Show" que ele foi cometido pelos russos? Lendo o informe o usuário do jornal, desconhecendo os fatos, vai inferir o quê? Obviamente, que os responsáveis pelo massacre de 14.700 oficiais poloneses, na Floresta de Katyn, em 1940, foram os nazistas.

Sem dúvida, é o jornalismo global a serviço da desinformação e da distorção velhaca dos acontecimentos históricos, sobretudo quando se sabe que o filme versa sobre o minigenocídio articulado a partir do acordo secreto estabelecido entre Hitler e Stalin ("Pacto Molotov-Ribbentrop", assinado no Kremlin em agosto de 1939), que se destinava a dividir a Europa em duas esferas de influência. Neste acordo, os russos ficaram com o Leste da Polônia, Letônia, Estônia, Finlândia e Bessarábia, na Romênia, enquanto os alemães se apossaram de Lituânia e da estreita (mas extensa) faixa de terra conhecida como o "Corredor Polonês", necessária à logística Nazi para fazer eclodir a 2ª Guerra Mundial.

(A propósito, segundo registra o historiador Simon Montefiore, em "Stalin - a Corte do Czar Vermelho" - Companhia das Letras, São Paulo, 2006 -, depois da assinatura do pacto sinistro, Stalin e Ribbentrop apertaram as mãos, o Koba russo pediu vodka e ergueu um brinde ao ditador Adolfo Hitler: - "Sei o quanto a nação alemã ama o seu Führer" - disse. "Ele é um bom sujeito. Gostaria de beber à saúde dele!").

A ordem para execução do massacre de Katyn partiu do próprio Stalin, que odiava a capacidade de resistência do exército polonês desde 1920, quando os bolcheviques tentaram conquistar a Polônia para disseminar a revolução comunista no Ocidente - e não conseguiram. Açulado também pelo ressentimento, na noite de 5 de março de 1940, depois de reunião a portas fechadas com os membros do Politburo, o ditador russo, fumando o seu indefectível cachimbo, rabiscou a sua assinatura no documento que ordenava, de um só golpe, a eliminação de boa parte da oficialidade polonesa. Na ocasião, Stalin repetiu aos pares a frase predileta do seu antigo assessor, Nikolai Iejov, o carrasco do Grande Terror, responsável pela execução, em 1937, de 110 mil poloneses civis: "Melhor ir longe demais do que não ir longe o suficiente".

Mas o ditador russo não ficou por ai: ordenou a matança de mais 11 mil prisioneiros "contra-revolucionários", entre velhos, homens e mulheres, todos considerados (junto com os oficiais) "sabotadores empedernidos do poder soviético". Para providenciar o massacre, foi chamado o "Promotor" Laurenti Beria, chefe da NKVD (mais tarde, KGB), que, embora manifestasse (por "razões pragmáticas") o desejo de "vê-los em campos de trabalhos forçados", acatou as ordens do chefe e escalou o agente Blokhin, seu subordinado direto, para executar o serviço macabro.

Depois do massacre, num relatório destinado ao chefe da NKVD, o sanguinário Bloktin assinalou que, junto a dois outros asseclas, equipou uma cabana com paredes à prova de som, em Ostachkov, e estabeleceu a cota de 250 fuzilamentos por noite. Sobre o assassinato em massa, o agente relata: "Usei um avental de couro e gorro de açougueiro, matando, em 28 noites, 7 mil oficiais, portando uma pistola Walther alemã para evitar identificações futuras. Os corpos foram enterrados em vários lugares, mas 4500 do campo de Kozelsk foram sepultados na floresta de Katyn".

Como todo sistema comunista se alicerça única e exclusivamente em cima da mentira, com a quebra do "Pacto Molotov-Ribbentrop", em 1941, a troika Soviética passou a atribuir o massacre de Katyn aos nazistas, embora toda Polônia soubesse que a carnificina tinha sido ordenada por Stalin e a vontade do Politburo. Aos recalcitrantes nativos que ousassem levantar a voz contra a mentira soviética, caia sobre eles a mais virulenta repressão, não raro acompanhada de novos fuzilamentos.

Ao dramatizar o sofrimento e a dor moral dos poloneses (em especial, das polonesas) que resistiam à mentira comunista institucionalizada, o filme do diretor polonês robustece a arte e faz do cinema um instrumento a serviço da consciência humana. Wajda não é um falso artista, o enganador, digamos, na linha de um Cacá Diegues, tipo que se esconde por trás da mistificação ideológica para justificar a mentira utópica. O polonês trabalha duro, e de forma inspirada, na busca de um sentido transcendente que lhe permita inquirir a verdade perversa do seu tempo com senso moral e independência. Neste sentido, Andrzej Wajda talvez seja hoje um dos raros artistas ainda atuantes na prostituída atividade cinematográfica.

Diante do sucesso artístico (e político) de "Katyn", distinguido com o Oscar em 2008, a Rússia totalitária de Putin (ex-KGB) e Medevedv reagiu acusando o filme de ser "mais uma manifestação da histeria anti-russa". Nada mais compreensível e, por extensão, revelador. Desde Nikita Khruschev, com a sua fraudulenta política de "coexistência pacífica", passando por Leonid Brejnev, Andropov, Chernenko e Gorbachev (para não falar em Stalin, óbvio), todos os ditadores da URSS trataram de manter os registros e documentos do massacre de Katyn soterrados nos repositórios secretos do Partido Comunista, visto que, segundo eles, a "exposição de tais fatos poderia trazer conseqüências desagradáveis para o Estado Soviético e o socialismo".

Para vir à luz, e ganhar o mundo, foi preciso que Boris Yeltsin, anticomunista tido como alcoólatra, uma vez eleito presidente da Rússia, iniciasse o processo de abertura dos "Arquivos Especiais" e, em 1991, tornasse do domínio público a documentação do massacre, escondida, sem referência, nos porões da KGB. O próprio Gorbachev, o Arauto da Glasnost (Transparência), que nunca deixou de acreditar um só instante no marxismo-leninismo, instado pelo governo polonês a liberar parte da documentação sobre o "Caso Katyn", recomendou em memorando à Chefia da KGB: "Penso que as cópias devem permanecer onde supostamente estão".

Para o júbilo da mídia amestrada.

Fonte: Mídia sem Máscara - http://www.midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7492:katyn-massacre-comunista-e-midia-amestrada&catid=6:cultura&Itemid=8

Redistribuição das Tropas Militares

Valor Econômico, segunda-feira, 27 de julho de 2009.De Brasília

As Forças Armadas preparam uma redistribuição espacial de suas tropas. O Comando da Aeronáutica resolveu abrir, nos próximos anos, sua primeira base permanente na região Norte. Será em Manaus e terá uma frota de caças F-5, modernizados pela Embraer, para dar combate imediato a qualquer ameaça em território amazônico. No comando da Infraero até agosto, o tenente-brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva acaba de concluir uma espécie de "permuta" com a FAB.

Em troca de um terreno para a expansão do aeroporto de Florianópolis, cederá áreas no aeroporto de Manaus para a construção da nova unidade militar. Uma segunda pista de pouso e decolagem, a ser construída em cerca de quatro anos, servirá tanto à aviação comercial quanto os caças, informou Nicácio, que assume no mês que vem o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), em São José dos Campos, um dos principais postos da Aeronáutica. O brigadeiro deverá ser substituído por Murilo Barbosa, chefe de gabinete do ministro da Defesa, Nelson Jobim.

O Exército, no documento "Estratégia Braço Forte", detalha os seus planos de redistribuição. Foram criados dois programas - Amazônia Protegida e Sentinela da Pátria - , que aumentarão o contingente de soldados e oficiais. O primeiro programa visa fortalecer a presença militar terrestre na região e ampliar a vigilância e o monitoramento das fronteiras amazônicas. Serão implementados 28 novos pelotões especiais de fronteira. Eles se somarão aos 21 existentes, que passarão por uma modernização.

O programa Sentinela da Pátria prevê o reforço das estruturas operacional e logística dos comandos militares de área. Inclui basicamente projetos relacionados à transferência, transformação e implantação de unidades. No curto prazo, até 2014, destacam-se os projetos em andamento de implantação da brigada de operações especiais em Goiânia, a transferência da 2ª brigada de infantaria de selva para São Gabriel da Cachoeira (AM) e a reestruturação da força de blindados.

No médio prazo, o programa contempla a transferência da brigada de infantaria Paraquedista para Anápolis (GO) e sua substituição, no Rio, por uma de infantaria leve. Haverá ainda criação de novas unidades de aviação (em Manaus e Campo Grande) e antiaérea (Brasília).

Na Marinha, as mudanças abrangem a criação de uma segunda esquadra e de uma divisão anfíbia no Norte/Nordeste, que também ganharão uma nova base naval. No geral, a Estratégia Nacional de Defesa sugere uma redistribuição territorial que permita o rápido deslocamento das tropas por todo o território brasileiro. A partir dos planos elaborados para cada um dos três comandos, o Ministério da Defesa proporá à Presidência da República um projeto de lei de equipamento e de articulação da Defesa Nacional. (DR)

Militar no poder, nunca mais.

Cresce o grupo que não quer mais ver MILITARES NO PODER, pelas razões abaixo:

Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças:

- Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista. Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora.

- Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer na espera da barcaça que levava meia dúzia de carros.

- Criaram esse maldito Pro-Álcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. Para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobrás, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); sem contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do álcool.

- Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.

- Tiraram do sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado" . Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo. Uma desgraça completa. Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos. Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.

- Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (TUCURUÍ, ILHA SOLTEIRA, JUPIÁ e ITAIPU), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos. O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.

- Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.

- Baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país. Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.

- Os militares são muito estressados. Fazem tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, sequestros de diplomatas.. . ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.

- Tiraram de nós o interesse pela Política, uma vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.

- Inventaram os tais de FGTS, PIS e PASEP, só para criar atritos entre empregados e patrões. Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder desses empregados contra os seus patrões.

- Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.

Outras desgraças criadas pelos militares:

- Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos e burrice de um oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que inventou o sistema PAL-M

- EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM

Tudo isso e muito mais os militares fizeram em 22 anos de governo. Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguinte, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram. Graças a Deus!

Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos: "Militar no poder nunca mais".

PRINCÍPIOS DA DOMINAÇÃO PELA PROPAGANDA

por Maria Lucia Victor Barbosa
22/07/2009


Durante quatro eleições presidenciais o PT tentou elevar ao cargo máximo da República o pernambucano Lula da Silva. Por que só na quarta eleição conseguiu? Por que finalmente o ex-sindicalista foi considerado carismático, gênio da raça, “luz do mundo”? A resposta é simples: porque nas três eleições perdidas a propaganda do PT era fraquíssima. Só quando Duda Mendonça entrou em cena foi que as coisas mudaram. O eleitorado cativo de 30% foi ampliado e eleitores antes avessos ao discurso incendiário do líder sindical se rederam à barba aparada, ao terno Armani, ao discurso conciliador que nada tinha mais a ver com o prometido e nebuloso socialismo petista que, diga-se de passagem, nunca foi esclarecido.

Na propaganda da quarta eleição e, sobretudo, na manutenção do poder petista, o marqueteiro real colocou em prática alguns princípios que ilustrarei com uns poucos exemplos para melhor compreensão das técnicas empregadas.

1 – Simplificação ou inimigo único. – É importante ter um símbolo e transformar o adversário em um único inimigo. Os símbolos tem se sucedido: Fome Zero, pré-sal, PAC. O adversário é a “elite”, apesar de Lula e companheiros serem hoje a elite do poder, econômica e política. Faz tempo que o PT largou o macacão e veste Armani. Mas para efeitos externos, elite é inimiga e coisa ruim e o presidente da República um pobre operário.

2 – Método de Contagio – Imprescindível reunir vários adversários numa só categoria. Por isso se fala em “oposição” que não deixam o coitado do Lula governar. A realidade mostra que não existe oposição para valer ao governo petista. Tudo está comprado, cooptado, dominado.

3 – Transposição – Carregar sobre os adversários os próprios erros e responder ataque por ataque faz parte da dominação, é importante. Assim, os outros são corruptos, imorais, inimigos da pátria. O PT é o único partido ético e sabe reagir ao menor esbarrão. Truculência é antiga lição aprendida em sindicatos e dá medo.

4 – Exagerar e Desfigurar – Quem já não ouviu que o impeachment de Lula da Silva, a defenestração de Sarney, a CPI da Petrobrás põem em perigo a governabilidade? Mais uma mentira em que se acredita piamente

5 – Vulgarização – Pela boca de Lula o discurso é adaptado ao nível dos menos instruídos. O PT sabe que a capacidade receptiva da massa é limitada, que o povo tem grande facilidade em esquecer e um mínimo de esforço mental, que uma mentira repetida vira verdade e que quanto maior a mentira mais o povo nela acredita.

6 – Orquestração – Repetir um numero reduzido de idéias é importante. Para isso se cria um bordão: “nunca antes nesse país”, que vem acompanhado das realizações que só Lula fez desde o descobrimento do Brasil, algo que converge sempre para o culto da personalidade do presidente,

7 – Renovação – Informações e argumentos devem seguir ritmo rápido de modo que quando o adversário criticar o público já está interessado em outro fato. Isso tem acontecido, inclusive, com a sucessão de escândalos de corrupção do governo, de tal forma vertiginosa que quando surge um o outro já está esquecido.

8 - Verossimilhança – Outro princípio que se baseia na construção de argumentos a partir de fontes diversas, através de informações fragmentárias. Exemplo: para ajudar o compañero e presidente do Paraguai, o bispo célebre por sua incontinência sexual, Lula da Silva romperá o Tratado de Itaipu onerando mais ainda os brasileiros pelo uso da eletricidade. Nesse caso, Celso Amorim justifica o injustificável com um malabarismo verbal ao dizer que o Tratado restringe a comercialização de energia a “entes” dos dois países – Eletrobrás e Ande – “mas não diz que é cada um em seu país”. Estranhas explicações também foram dadas nos casos da Bolívia, Venezuela, Argentina, quando interesses do Brasil foram sacrificados em nome do projeto de poder de Lula da Silva na América Latina.

9 – Silenciação – As questões para as quais não se tem argumentos devem ser encobertas e dissimuladas com a ajuda dos meios de comunicação. Exemplo: enquanto pessoas morrem em corredores de hospitais Lula da Silva diz diante de câmaras e microfones que a Saúde brasileira está perto da perfeição.

10 – Transfusão – É necessário criar um complexo de ódios que possam arraigar-se em atitudes primitivas. Lula e seu governo têm, com êxito, estimulado o ódio de negros contra brancos, de pobres contra ricos. A culpa de tudo é dos “brancos de olhos azuis”.

11 – Unanimidade – Muitos devem ser convencidos de que pensam como todo mundo, de modo a criar a falsa impressão de unanimidade. Isso é visto claramente nas pesquisas de opinião, quando Lula da Silva aparece com altos índices de aprovação.

Estes “Princípios de dominação pela Propaganda”, publicados em 24/06/2009 no Ex-Blog de Cesar Maia, não foram elaborados por Duda Mendonça ou qualquer outro marqueteiro do PT, mas por Joseph Goebbels, chefe de propaganda de Hitler. E se na adiantada Alemanha o Holocausto foi aceito com naturalidade, por que Mahmoud Ahmadinejad, que prega a destruição de Israel e nega o Holocausto, não pode ser recebido de braços abertos por Lula da Silva, tão afeito aos déspotas mundiais? Como dizia Boris Casoy: “Tá tudo dominado”.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

mlucia@sercomtel.com.br
Segue uma elucidativa entrevista com Heitor de Paola.


ENTREVISTA PARA A REVISTA DO CLUBE MILITAR



ENTREVISTA COM O Dr HEITOR DE PAOLA CLUBE MILITAR


O Dr Heitor De Paola, 64, é médico psiquiatra e psicanalista, membro da International Psycho-Analytical Association e do Board of Directors da Drug Watch International e Diretor Cultural da BRAHA, Brasileiros Humanitários em Ação, articulista e escritor, com diversos artigos publicados no Brasil e no exterior, e um livro. No passado, pertenceu a organização Ação Popular (AP) da esquerda revolucionária. Em entrevista à Revista do Clube Militar, o Dr De Paola falou sobre sua experiência passada, sobre seu desencanto com a esquerda, e sobre sua visão atual dos acontecimentos políticos no Brasil, na América Latina e no mundo. Articulista do jornal eletrônico Mídia Sem Máscara, dos Jornais Inconfidência e Visão Judaica, e do site Ternuma. Site pessoal www.heitordepaola.com.



1) Dr De Paola, inicialmente pediríamos que o senhor nos relatasse algo sobre sua experiência como militante de organização de esquerda.


Minha participação começou já em 1959 quando a esquerda da JEC (Juventude Estudantil Católica, versão secundarista da JUC) conquistou pela primeira vez a UGES (União Gaúcha de Estudantes Secundários), com uma campanha ardilosa. Inicialmente fiquei limitado ao mundo estudantil até a renúncia de Jânio. A partir de então engajei na campanha da “legalidade” de Leonel Brizola, então Governador do RS, posteriormente na campanha pelo plebiscito para a volta do presidencialismo (janeiro de 1963). Neste mesmo ano, já universitário, mantive minha participação estudantil, participei do Congresso da UNE que elegeu José Serra Presidente e neste ano começaram meus contatos com a Ação Popular (AP) e com a Juventude Trabalhista.

Senti que eu precisava entender melhor no que estava me metendo e me inscrevi num curso de marxismo do PCB e facilmente fui fisgado por aquela cantilena mágica que fornecia meia dúzia de regrinhas para explicar tudo o que se quisesse. Entrei para a AP pouco depois do comício da Central (13/03/64) e no dia 1º de abril liderei uma greve que atingiu quase todas as faculdades de Pelotas, RS, com exceção da agronomia, onde predominavam filhos de fazendeiros que nos expulsaram a pauladas! Esta greve era coordenada com a Casa do Trabalhador, reduto do PCB.

Em 65 fui eleito Vice-Presidente da UNE num Congresso cercado pelo DOPS e pela Força Pública, no Centro Politécnico de SP. Na campanha da UNE Volante, em outubro, fui preso em Fortaleza, CE, ficando até dezembro no 23º BC. A Diretoria foi desbaratada, sobrando apenas um dos Vices. Em janeiro 66 haveria um Congresso na União Internacional de Estudantes (UIE) na Mongólia ao qual não consegui comparecer.

Nos dois anos seguintes levei uma vida dupla: como já estava visado, abandonei a política estudantil e integrei o Comando Zonal Sul da AP, encarregado principalmente de Rio Grande, RS. Lá, organizei duas células operárias e uma camponesa e ainda ajudei a montar o esquema de passagem Brasil-Uruguai via Jaguarão-Rio Branco. Em janeiro de 68 saí. Os estudos teóricos, geralmente com estrangeiros clandestinos, versavam sobre Mao, Ho Chi Minh, Giap, Régis Debray.


2) E como se deu o desencanto com a esquerda?


Desde que entrei para a AP rebelei-me contra o extremo autoritarismo que reinava entre seus membros, disfarçado de livre discussão – a “luta interna”. Eu já havia estudado Marx e Lenin e conhecia teoricamente o conceito de “centralismo democrático”, mas jamais o havia experimentado ao vivo. No entanto logo ocorreu a contra-revolução de 64 e me convenci que, num movimento clandestino, ele é fundamental, pelo menos por razões de segurança.

Outro fator foi quando, em 65, sendo Vice-Presidente da UNE, percebi a enorme hipocrisia de reuniões para promover a revolução proletária em mansões de altíssimo luxo com farta distribuição de bebidas importadas e carros idem. Numa delas encontramos com altos dirigentes da AP, inclusive o Coordenador Nacional, Herbert José de Souza, o Betinho e eles me pareceram plenamente satisfeitos e adaptados ao local.

Eu percebia, também, um absoluto desprezo pelos outros, os quais só serviam enquanto fossem úteis à causa ou a propósitos mais sórdidos dos dirigentes. Um dos operários que eu “ampliara” foi despedido, ninguém – nem eu – o ajudou, passou a beber, foi abandonado pela família. Outro, um camponês, foi mandado para um encontro no Nordeste e jamais voltou e passou a ser proibido perguntar por ele.

Mas não quero passar por inocente: só saí em função da luta armada, que não aceitei. Não fosse isto eu teria permanecido mais tempo, não sei quanto.


3) Pode-se afirmar que há sinceridade nas afirmações de ex-terroristas, quando alegam que pegaram em armas para salvar a democracia no Brasil?


Absolutamente nenhuma sinceridade! A “luta armada” começara ainda durante o governo democrático de João Goulart, em 1961 e, se teve que ver com alguma ditadura, foi com a cubana. No dia 1º de maio daquele ano a revolução cubana abraçou oficialmente o comunismo e tornou-se uma cabeça de ponte soviética na América Latina. Note-se também que neste ano houve uma radicalização da guerra fria e a construção do Muro de Berlim. A exportação da revolução para o resto do continente começou imediatamente visando, primariamente, a Venezuela – por causa do petróleo – e o Brasil – por seu imenso território e importância estratégica em função da industrialização que avançava lentamente, mas de forma segura. E também por possuírem as Forças Armadas mais capacitadas do continente e era necessário vingar-se de 35. A esquerda brasileira, que tinha um pé firme no governo federal, imediatamente aliou-se a Cuba com a finalidade de implantar um regime idêntico aqui.

Três mentiras precisam ser desfeitas:

a- De que a “resistência democrática” começara após o “golpe” de 64. Na verdade, este movimento cívico-militar só ocorreu em conseqüência do grau que já alcançara o avanço revolucionário sobre o poder.

b- De que a luta armada foi desencadeada após o AI-5. Agitações, atos terroristas, focos guerrilheiros precederam a promulgação do mesmo e foram a sua causa.

c- De que a esquerda revolucionária lutava para restaurar a democracia. Não conheci – e continuo quarenta anos depois sem conhecer – nenhum esquerdista democrata. A esquerda visa, ao contrário, implantar o comunismo. Só. O resto é balela.


4) O senhor ao passar a defender princípios contrários aos que esposava no passado sofreu algum tipo de reação traumática em seu relacionamento pessoal?


Logo no início sim. Quando me recusei a prosseguir no caminho revolucionário, exatamente em função da aprovação da luta armada pela AP em janeiro de 68, sofri ameaças de meus antigos “companheiros”, que incluíam pessoas a mim chegadas. Mas eu ainda não defendia princípios contrários. Permaneci alguns anos numa espécie de limbo ideológico, a convalescença veio bem mais tarde, como já expliquei em artigos, conferências e livro. Durante alguns anos eu ainda era procurado por antigos companheiros, inclusive após minha mudança para o Rio. É impressionante como me localizaram rapidamente. Mas não houve mais ameaças, apenas tentativas de arregimentar-me outra vez e contribuições para o sustento do pessoal clandestino.


5) Que considerações o senhor faz sobre o Foro de São Paulo?


A principal consideração não é minha, mas dos próprios fundadores do FSP: é uma organização que reúne as esquerdas da América Latina na tentativa de recuperar neste continente o que fora perdido do Leste Europeu. Ora, o que se perdeu lá – se é que se pode dizer que tenha havido alguma perda? O comunismo. Portanto é uma falácia dizer que o FSP é um clube de amigos, apenas um fórum de debates, cujas decisões não são mandatórias. Segundo seu próprio idealizador, fundador e por anos Secretário-Geral, Marco Aurélio Garcia, trata-se da refundação do comunismo, não mais como uma “revolução proletária”, mas seguindo os ensinamentos de Antonio Gramsci, privilegiando a revolução cultural. Pode dar a impressão de não haver unidade já que o grau de evolução é distinto nos diversos países, mas Hugo Chávez já explicou claramente que, enquanto ele vai de Ferrari, outros são obrigados a ir mais devagar: “O gradualismo é uma estratégia necessária dos governantes esquerdistas para se fazerem aceitar aos poucos”. É ainda MAG quem disse: “Primeiramente temos que dar a impressão de que somos democratas. No início teremos que aceitar certas coisas. Mas isto não durará muito tempo”.

O regime que virá a se estabelecer é a ditadura de terceira geração: a repressão não mais generalizada, como o paredón de Fidel, mas seletiva. São atacadas algumas pessoas ou organizações cuidadosamente selecionadas e o resto se intimida. Veja-se o que ocorre na Venezuela e mais recentemente no Equador, na Nicarágua e na Bolívia.

Apenas secundariamente o FSP foi fundado para tirar Cuba da situação em que se encontrava após o fim da mesada soviética, sendo a última Resolução da OEA cancelando a expulsão de 1962, um dos objetivos secundários plenamente atingidos pelo FSP.


6) Como o senhor analisa o chamado socialismo bolivariano?


Fiquemos com o substantivo porque o adjetivo é falso: socialismo, a fachada de sempre para esconder o fato de que é o velho comunismo. O “bolivarianismo” é uma falácia, uma mistura de elementos incompatíveis para enganar a população e unir comunismo com orgulho nacionalista – ou latinista, pois se pretende implantá-lo em todo o continente – enquanto sua pseudo-doutrina é marxista-leninista e maoísta na origem, nos meios e nos objetivos. Em 1858, em contundente artigo denominado Simón Bolívar, Karl Marx ataca o Libertador com sua costumeira fúria e mordacidade. O desprezo de Marx por Bolívar era tão profundo que, no verbete biográfico que escreveu para a New American Encyclopaedia, ele analisa em detalhes cada uma de suas campanhas, nega suas aptidões militares e, pior ainda, nega-lhe a valentia. Segundo Marx, Bolívar sempre abandonou seus homens em batalha para fugir covardemente. Como então juntar Marx e Bolívar na mesma mixórdia ideológica de Chávez? É só para inglês – ou americano – ver!


7) Como o Senhor vê a verdadeira lavagem cerebral que os estudantes brasileiros têm sido submetidos nas escolas brasileiras, em todos os níveis de ensino?


Como parte essencial da revolução cultural, da “longa marcha para dentro dos aparelhos de hegemonia da burguesia”: educação, mídia, sociedades científicas, Igreja Católica e Forças Armadas, visando modificar o senso comum (as bases tradicionais do pensamento e dos valores ocidentais). Obviamente a educação é primordial, pois abrange desde a mais tenra idade, como já se vê ocorrer com as crianças que, submetidas à doutrinação marxista, já se voltam contra os pais e a família.

A obra maléfica de Paulo Freire, A Pedagogia do Oprimido, começou a ser utilizada na década de 60, antes mesmo do livro que consolidou o pensamento freiriano, principalmente nas escolas de monges capuchinhos, jesuítas e dominicanos. Doutrinando, ao invés de ensinar, foi destruindo lentamente e de forma sutil, toda a educação clássica e formando robôs com “consciência social” e não mais pessoas eruditas. A juventude de hoje sequer consegue articular frases coerentes, mas sabe muito bem quem são os “opressores e os oprimidos” não conhece – ou desdenha – os heróis nacionais, mas cultua Che, Mao, Fidel, etc. desconhece a rica literatura brasileira e portuguesa, mas conhece bem a reles pseudo-literatura dos Best Sellers. A atual geração de pais e mães já foi deformada de modo que não podem ser “opressores” dos próprios filhos e deixam a eles decisões que não têm condições de tomar. Já estamos perto do caos total e isto se reflete nos baixíssimos índices que a educação brasileira vem obtendo.


8) O senhor lançou recentemente o livro “O Eixo do Mal Latino-Americano”, um estudo minucioso da evolução do comunismo entre o pós-guerra e o Foro de São Paulo. Que comentários pode fazer sobre mais essa obra sua?


Deixo a palavra com o Professor Ivanaldo Santos que, recentemente, elaborou uma resenha do livro: “Neste livro Heitor De Paola apresenta, a partir de sólida documentação, como milhões de pessoas estão sendo submetidas a um sistema de profunda lavagem cerebral e, por conseguinte, de total anestesia política. Esse sistema é financiado pelos governos esquerdista-liberais, por ONGs e fundações internacionais. Além de amplas fontes de recursos financeiros existe a cumplicidade de setores estratégicos da sociedade como, por exemplo, a grande mídia, parte da intelectualidade universitária e setores da Igreja que se auto proclamam de “progressistas” e “esclarecidos”. Entre esses setores ganha destaque a Teologia da Libertação (TL). Uma teologia de inspiração marxista e ateísta que, na prática, funciona como a quinta coluna, a qual tem por finalidade minar e, se possível, destruir a Igreja por dentro, ou seja, a partir de seus sólidos alicerces evangélicos e filosóficos. (...) Por fim, afirma-se que o livro de Heitor De Paola é fundamental para a compreensão da história e das atuais estratégias planetárias de implantação de um governo único e, com isso, acabar com a liberdade. Este livro pode ser o primeiro passo de um processo de esclarecimento e contra-revolucionário na América Latina e no mundo. Justamente o processo que a atual sociedade precisa para novamente poder compreender e experimentar a liberdade e a dignidade humana”.

Comunicado do Dep. Jair Bolsonaro

Eis o comunicado de nº 199, do Deputado Federal Jair Bolsonaro.

"COMUNICADO Nº 199

Brasília, 15 de julho de 2009

MILITARES ATIVOS E INATIVOS
(O QUE HÁ SOBRE DESVINCULAÇÃO SALARIAL)

No início do Governo Lula, a PEC-40 criava o regime “Atuarial e contributivo para inativos e pensionistas”, levando-nos para o “INSS”. Com muito empenho e o apoio dos Chefes Militares conseguimos ficar fora daquela reforma.

Na gestão do Ministro José Viegas esteve para ser encaminhado projeto do Executivo considerando como “fictício” o tempo de serviço militar em academias e escolas de formação. Na ocasião, argumentei que a proposta causaria sérios problemas, pois cadetes e alunos poderiam contribuir como autônomos e tratarem seus instrutores (capitães e tenentes) como professores universitários.

Do governo anterior ainda temos a atual MP 2215-10, originalmente nº 2131, de 29/12/2000, como herança maldita. Quando de sua edição, fiz contatos com outros deputados e apresentamos 823 emendas com o intuito de inviabilizar sua votação, pois, caso assim não tivesse agido, a MP teria se tornado lei sem qualquer alteração.

A MP 2215 desmotivou a carreira militar provocando expressiva quantidade de evasões de oficiais e praças nas Forças Armadas. Somente entre capitães e tenentes ocorrem, por ano, mais de 200 demissões sendo esse número bem maior entre os sargentos.

Nosso inimigo tem endereço certo e sabido, bem como são claras suas intenções. De concreto, se agora novamente se articula desvincular os proventos/pensões (inativos e pensionistas) da remuneração (ativos), só saberemos quando alguma proposição (PL – MP – PEC) for encaminhada ao Congresso.

Em 2000, como a MP 2215 não atingiu quem tinha 30 ou mais anos de serviço (proventos do grau hierárquico superior, licença especial, etc) tudo foi “entubado”. Os mais antigos, ainda na ativa, como não foram prejudicados, ...

Hoje, como o fantasma da desvinculação assusta inclusive os que nada perderam em 2000, conclama-se pela união de todos. A não ser que essa futura mudança atinja apenas aqueles que ainda não possuam 30 anos de serviço. A exemplo de 2000, devemos ficar atentos para esta hipótese.

No próximo ano teremos eleições e nossa união política será a única esperança de não sofrermos mais perdas. Alerto, apenas, para o fato de não se dividir apoios dentro de um mesmo Estado, pois, como é sabido, cheguei à política, em 1988, por obra do acaso e, hoje, no Rio de Janeiro, temos alguns companheiros muito mais interessados em me “derrubar” do que eleger outros de farda nas demais Unidades da Federação.

Estarei pronto para lançar e apoiar, dentro de minhas possibilidades, candidatos à Câmara dos Deputados, em 2010, visando à formação de bancada capaz de demover os propósitos daqueles que querem transformar as FFAA em instituição de 3ª categoria.

Atenciosamente,

JAIR BOLSONARO – Cap/R1
Deputado Federal – Tel: (61) 3215-5482
www.bolsonaro.com.br"