terça-feira, 13 de outubro de 2009

Fora Zelaya!

Participe do protesto virtual e mande sua mensagem ao Ministro das Relações Exteriores:
http://forazelaya.com.br/acao/270909/dcamp.asp?gclid=CJ7r8br9uZ0CFdZM5QodsHlYjA

Não se furte à responsabilidade cívica!

Exército realiza encontro sobre patrimônio histórico e cultural

Entre os dias 19 e 23 de outubro, o Museu Militar Conde de Linhares sediará o I Encontro de Bibliotecas Militares, o II Encontro de Arquivos Militares e o IV Encontro de Museus de Cultura Militar, direcionado aos profissionais, estudantes e interessados nestas áreas. Nesse mesmo período, o Arquivo Nacional abrigará o seminário de história militar brasileira, comemorando os 120 anos da Proclamação da República. Estes eventos têm por objetivo promover a discussão de aspectos relacionados ao patrimônio culutral militar, tendo como referências os valores e as tradições militares.

A cerimônia de abertura será realizada no dia 18, no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, na Av. Dom Henrique 75, às 10h. E o Museu Militar Conde de Linhares fica na Avenida Pedro II, em São Cristóvão.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/bairros/post.asp?cod_post=230310

sábado, 10 de outubro de 2009

Militares conseguem suspender anistia a Lamarca na Justiça

Juíza atende a pedido do Cluba Militar do Rio, que considera o capitão, morto na ditadura, um desertor

por Fabiana Cimieri, do Estadão

RIO - A Justiça Federal concedeu nesta sexta-feira, 5, uma liminar para suspender a anistia ao ex-guerrilheiro comunista Carlos Lamarca. Autor da ação, o Clube Militar do Rio pediu a anulação da portaria do ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu anistia política post-mortem ao capitão Carlos Lamarca - com promoção ao posto de coronel e proventos de general-de-brigada, além de reparação econômica no valor de R$ 902.715,97, em favor de sua viúva, Maria Pavan Lamarca.


Em julho, a comissão de anistia do Ministério da Justiça havia concedido indenização de R$ 300 mil à viúva e aos filhos de Lamarca pelos dez anos em que estiveram exilado em Cuba. Com a promoção post-mortem, a viúva Maria Pavan Lamarca passaria a receber do Ministério da Defesa uma pensão de R$ 12 mil, correspondente ao montante pago para um general de brigada do Exército.

A juíza Claudia Maria Pereira Bastos Neiva acatou a alegação do Clube Militar, de que Lamarca não poderia ser beneficiado pela lei de anistia porque desertou do Exército para entrar na luta armada contra o regime militar. Além disso, em seu despacho, a juíza considerou "altamente questionável a opção política de alocação de receitas para pagamento de valores incompatíveis com a realidade nacional, em uma sociedade carente de saúde pública em padrões dignos, deficiente na educação publica, bem como nos investimentos para saneamento básico, moradia popular e segurança".

A liminar suspende os pagamentos e os benefícios indiretos, inclusive a promoção a general-de-brigada, até o julgamento do mérito da ação, ainda sem data definida. Os autores argumentam que, conforme o Decreto 3.998, de 5 de novembro de 2001, só será promovido post-mortem o oficial que, "ao falecer, satisfazia as condições de acesso e integrava a faixa dos oficiais que concorriam à promoção pelos critérios de antiguidade ou de merecimento". Sustentam, assim, que o Conselho de Anistia não pode fazer a promoção, mesmo com o referendo do ministro da Justiça.

Lamarca, que servia num quartel de Quitaúna, em Osasco, quando desertou do Exército para entrar na luta armada, foi comandante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), da Var-Palmares e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), pelos quais combateu no Vale do Ribeira (SP) e no sertão da Bahia, onde foi emboscado e morto por tropas do Exército, em setembro de 1971. Nascido no Rio, em 27 de outubro de 1937, casou-se em 1959 com Maria Pavan, com quem teve dois filhos - César e Cláudia.

Fonte: http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac60939,0.htm

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dia sem chato

por Guilherme Fiuza

Com tantas datas dedicadas à conscientização dos cidadãos, só está faltando a criação de uma: o Dia Mundial Sem Chato.

Seria um feriado nacional para as cassandras de plantão. Nenhuma delas mandaria você encurtar seu banho para salvar o estoque de água doce do planeta.

No Dia Mundial Sem Chato, você ficaria a salvo da mediocridade sustentável – aquela doutrina que reduz os problemas do mundo a meia-dúzia de slogans. Você não correria nenhum risco de ouvir que a crise financeira internacional será resolvida com um novo paradigma ecológico.

A ONU e toda a eco-burocracia ficariam proibidas, nesse dia, de divulgar papers com projeções chutadas sobre o holocausto climático em 2050.

O Greenpeace não poderia engarrafar a Avenida Paulista nem a Ponte Rio-Niterói para protestar contra os engarrafamentos.

No Dia Mundial Sem Chato, você não poderia se sentir um canalha por possuir um automóvel, nem um criminoso por não trocá-lo pelo maravilhoso transporte de massa que não existe. Você teria, ainda, o direito de exigir dos hipócritas do apocalipse o seu patinete a jato com ar-condicionado.

Ficaria vedada qualquer equação burra que culpasse os freqüentadores de shopping centers pela fome na África.

Nessa data cívica, você seria poupado dos axiomas que criminalizam o consumo de hambúrguer, devido aos gases estufa expelidos pelas vacas durante a digestão. Ninguém tentaria te aliciar com discursos carolas para salvar o planeta. Ao contrário: o planeta seria salvo, por um dia, do totalitarismo carola.

No Dia Mundial Sem Chato, cada vez que a palavra “sustentabilidade” fosse pronunciada, o autor da infração seria multado em dez salários-mínimos – destinados ao programa Bolsa Clichê, de salvação do idioma.

A finalidade do Bolsa Clichê seria, basicamente, erradicar os vocábulos vazios que tentam substituir a velha expressão “bom senso” por fetiches ideológicos.

Dê você também a sua contribuição para a criação do Dia Mundial Sem Chato. Vamos salvar o planeta da chantagem emocional barata.

Fonte: http://colunas.epoca.globo.com/guilhermefiuza/2009/09/20/dia-sem-chato/

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Como o Brasil se tornou um mar de lama - Parte II

A partir do final da década dos 40 aparece um novo modelo de revolução comunista: a que foi conduzida por Mao Tzé Tung (depois com a grafia alterada para Mao Zé Dong) na China continental. Ele pregava que a luta armada deveria começar em ambiente rural, com lento trabalho de convencimento (“trabalho de massa”). Pouco a pouco, o campo iria “sufocando” as cidades e os comunistas venceriam a guerra, praticamente, pela fome nos grandes centros urbanos. Claro que a violência seria em alto grau. Isto colocou mais uma “arma” ideológica nas mãos, ou seria “maos”, dos comunistas em todo o mundo. Incluindo o nosso Brasil.

No fim dos anos 50 aparece mais um modelo de como conquistar o poder por comunistas. O barbudo Fidel e seu fiel escudeiro Guevara, mais Camilo Cienfuegos, que “morreu” em seguida, conseguiram vencer o corrupto governo de Fulgêncio Batista, suportado timidamente pelos americanos, que vacilavam no apoio, pois julgavam que o movimento 26 de Julho de Fidel, não era comunista. Ele se revelou mais tarde.

Com a ajuda de um comunistóide francês, Jules Regis Debray, que escreveu a cartilha sobre o modelo cubano de guerrilha, e do “escritor” Guevara, que contou o que havia ocorrido, surgiu mais um modelo de revolução. O movimento deveria nascer no ambiente rural, formar focos de terroristas e ir dominando as cidades, de maneira rápida, usando a violência em alto grau.

Aliado à conjuntura internacional, este modelo fez grande e efêmero sucesso entre os comunistas/terroristas brasileiros, inspirando o “best seller” do terrorismo “Minimanual do Guerrilheiro Urbano” de autoria do ex-deputado comunista Carlos Marighella, até hoje considerado como “bíblia” dos terroristas, inclusive os do Oriente Médio. Vencidos pelos governos militares, estes comunistóides brasileiros, é evidente, não querem nem ouvir falar nas Forças Armadas.

Mas toda esta salada ideológica não estaria completa sem se falar do comunista italiano Antonio Gramsci. Na década de 20, este intelectualóide italiano incomodava a Benito Mussolini. Foi preso e, na cadeia, teve tempo suficiente para escrever. Escreveu bastante em vários “cadernos”. Teve que utilizar uma linguagem um tanto enigmática para escapar da censura fascista, mas sua obra, mesmo de difícil compreensão e no ostracismo por algum tempo, foi, finalmente, trazida à tona e tornou-se um sucesso, graças à sua genialidade.

Gramsci, simplesmente, observando as sociedades, concluiu que a luta armada era algo muito especifico e somente poderia funcionar em um número limitado de países. Para atingir um universo maior, a maneira de colocar os comunistas no poder deveria ser muito mais sutil, inteligente, eficiente, e, por isto, perigosa.

E está sendo, exatamente esta “cartilha” que vem mergulhando o nosso país neste mar de lama.

Continua...

Como o Brasil se tornou um mar de lama - Parte I

Como o Brasil se tornou um mar de lama?

Muita gente faz esta pergunta. Existe uma enormidade de explicações, mas uma delas parece ser deixada de lado e pode ser a mais importante e influente. Trata-se da causa ideológica, sempre, propositadamente desvalorizada pelos interessados, exatamente aqueles que professam a ideologia comunista/socialista, notadamente depois da queda do Muro de Berlim.

Marx e Engels teorizaram sobre o comunismo, mas não instruíram, exatamente, como os comunistas deveriam agir para implantar essa ideologia. O russo Lênin, nos seus livros “Que fazer” e “Por onde começar”, escritos no início do século passado, é que ensinou, com detalhes, como colocar um Partido Comunista no poder. Explicou como deveria ser uma revolução comunista: o uso da violência “revolucionária”, o uso da mentira – que seria a “verdade leninista” - desde que auxiliasse ao Partido Comunista; quem seriam os militantes, suas funções etc. Também criou a Internacional Comunista, entidade que deveria filiar, de maneira centralizada, todos os Partidos Comunistas do mundo.

Trotsky, o Comandante do Exército Vermelho, venceu os russos “brancos” e assegurou o poder para o PC de Lênin. Stalin, útil para o PC, mas considerado muito sanguinário pelo fundador do Partido, Lênin, foi colocado num cargo de menor importância: o de Secretário Geral. Stalin, magistralmente, foi manipulando o Partido e estabelecendo seu estatuto, para se servir dele. Por exemplo: pelo estatuto proposto por Stalin, para ser aceito no PC, o candidato deveria ter seu nome aprovado pelo Secretário Geral, isto só, entrava no partido quem interessava ao Secretário Stalin e com ele concordasse sem discutir.

Na Constituição comunista, qualquer cargo público só poderia ser ocupado por um militante “de carteirinha” do PC. De maneira bem simples, isto colocou até o Presidente e o Primeiro Ministro como subordinados ao Secretário Geral. Bastava que ele, Stalin, o Secretário do PC, expulsasse do partido quem o contrariasse, e este infeliz perderia seu emprego público, o único tipo de emprego possível, em país comunista, qualquer que fosse seu posto na hierarquia estatal.

Trotsky, que não era chegado a Stalin, evidentemente não concordava com isto. Deveria ter substituído Lênin no comando da URSS entretanto foi passado para trás pelo Secretário Geral do Partido Comunista.

Deste modo, sendo contrário ao centralismo dentro do Partido, foi criando certas idéias, como a da “revolução permanente”, através da qual o comunismo poderia conquistar o mundo e derrotar o capitalismo, fortalecendo a idéia do internacionalismo. Para fugir do voto de cabresto permitido pelos estatutos do PC, que eternizava o Secretário Geral no poder, Trotsky chegou a propor a votação internacional para as autoridades comunistas.

Acabou morto a picaretadas a mando de Stalin. Mas suas idéias, com várias interpretações, perduraram. Por exemplo, ele admitia várias correntes de pensamente diferentes, dentro do PC – chamadas grupos, tendências e frações - e nos debates entre elas, estaria estabelecida a democracia, mesmo com partido único. Ele achava que podia conviver vários partidos políticos, desde que, através do “entrismo”, que consiste em gradativamente ir colocando militantes fiéis dentro do outro partido , aos poucos dominá-lo e submetê-lo.

Trotsky era adepto da violência, da luta armada e do terrorismo para chegar ao poder e manter o PC no comando dos países-alvo.

Com o término da II Guerra Mundial, outro ambiente político se estabeleceu, e os PCs seguidores da URSS adotaram outro modelo de revolução, o que foi utilizado com sucesso na Hungria e na Tchecoeslováquia, abandonando-se a necessidade da luta armada inicial. Depois, para manter os comunistas no poder, a violência poderia ser desencadeada.

Com a vitória de Mao na China e de Castro em Cuba, novas formas de conquista do poder passaram a compor o arsenal comunista.

Tivemos todas estas correntes ideológicas lutando para ser implantadas no Brasil, notadamente a partir de 1922, com a fundação do Partido Comunista.

Continua...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O procurador que encontrava um culpado por semana finge que não vê bandidos há seis anos e meio

por Augusto Nunes
para a Veja
31 de julho de 2009



Até janeiro de 2003, o procurador Luiz Francisco Fernandes de Souza encontrava um pecador por semana. Desde o dia da posse do companheiro Lula, não enxergou mais nenhum. Aos 47 anos, há seis e meio ele anda sumido do noticiário político-policial que frequentou com assiduidade e entusiasmo enquanto Fernando Henrique Cardoso foi presidente. Continua solteiro, mora na casa dos pais, pilota o mesmo fusca-85, enfia-se em ternos amarfanhados que imploram por tinturarias e não usa gravata. A fachada é a mesma. O que mudou foi a produtividade.

Se o que aconteceu nos últimos meses tivesse ocorrido na Era FHC, Luiz Francisco estaria encarnando em tempo integral, feliz como pinto no lixo, a figura do mocinho disposto a encarar o mais temível dos vilões. O Luiz Francisco moderno quer distância de barulhos. Enquanto cardeais da igreja principal e sacerdotes do baixo clero multiplicavam em ritmo de Fórmula 1 o acervo nacional de crimes, delitos, contravenções e bandalheiras em geral, ele atravessou o primeiro semestre em sossego. Enquanto senadores pediam empregos, ele encaminhava pedidos de licença remunerada. Todos foram atendidos.

Nascido em Brasília, ex-seminarista da Ordem dos Jesuítas, ex-bancário, ex-sindicalista, Luiz Francisco cancelou a filiação ao PT em 1995, 20 dias antes de tornar-se procurador regional do Distrito Federal. ”A militância é incompatível com o cargo”, explicou. A prática trucidou a teoria: nunca militou com tamanha aplicação. Convencido de que sobrava bandido e faltava xerife, não respeitava fins de semana, feriados ou dias santos. “Trabalhar é minha grande diversão”, repetia entre uma e outra denúncia.

Luiz Francisco garante que ganha pouco mais de R$ 7 mil por mês. Até que desistisse da candidatura a operário-padrão, mereceu os R$ 19 mil prometidos como salário inicial a um procurador do Distrito Federal. Nenhum outro conseguiria acusar tanta gente durante o dia e, à noite, escrever dúzias de parágrafos do livro que exigira 24 anos de pesquisas. Publicado em 2003 pela Editora Casa Amarela, “Socialismo, Uma Utopia Cristã” pretende provar, segundo o autor, que “até a metade do século XIX o socialismo exibia uma clara inspiração religiosa, especialmente cristã”. Tem 1152 páginas.

Deveria ter sido menos prolixo. Intrigados com o mistério da multiplicação das horas do dia, outros procuradores e todos os inimigos examinaram com mais atenção a papelada que jorrava da sala de Luiz Francisco. Aquilo não fora obra de um homem só, informaram as mudanças de estilo, a fusão de trechos corretamente redigidos com atentados brutais ao idioma, o convívio promíscuo entre substantivos em maiúsculas e adjetivos em minúsculas. E então se descobriu que o inquisidor incansável frequentemente assinava ações, denúncias e representações que já lhe chegavam prontas, enviadas por interessados na condenação de alguém.

Decidido a atirar em tudo que se movesse fora do PT, acabou baleando com denúncias fantasiosas vários inocentes. Nenhum foi tão obsessivamente alvejado quanto Eduardo Jorge Caldas Pereira, secretário-geral da Presidência da República no governo Fernando Henrique. Há menos de dois meses, o Conselho Nacional do Ministério Público reconheceu formalmente que Eduardo Jorge, enfim absolvido das denúncias improcedentes, foi perseguido por motivos políticos e condenou o perseguidor a 45 dias de suspensão.

Luiz Francisco alega que o caso está prescrito. Se tivesse obedecido à Justiça, bastaria provar que pelo uma das numerosas acusações a Eduardo Jorge fazia sentido. Como obedeceu aos mandamentos da seita petista, prefere usar o calendário para encerrar a história que o devolveu ao noticiário no papel de culpado —pela segunda vez desde o começo da superlativa temporada de férias. A primeira está completando três anos.

Em 2006, o procurador que se dispensou de procurar criminosos foi procurado pelo colombiano Francisco Colazzos, o “Padre Medina”, procurado pela Justiça do país onde nasceu. O foragido apresentou ao homem da lei as credenciais de embaixador das FARC e pediu ajuda para escapar da cadeia. Celebrada a aliança entre o ex-sacerdote acusado de homicídio e o ex-seminarista que nunca viu um pecador caseiro, renasceu o ativista temerário. Luiz Francisco ensinou o parceiro a safar-se de investigações policiais. Os truques só conseguiram retardar a prisão.

O protegido esperava na gaiola o julgamento do pedido de extradição encaminhado pela Colômbia ao Supremo Tribunal Federal do pedido de extradição quando o protetor foi à luta. Embora não tivesse nada a ver com o caso, entrou com uma ação judicial para que Colazzos fosse devolvido à Polícia Federal. A solicitação foi encampada sucessivamente pelo Ministério Público, pela Polícia Civil e pelo juiz da Vara de Execuções Criminais, Nelson Ferreira Junior, antes de esbarrar no ministro Gilmar Mendes.

Admoestado pelo presidente do STF, publicamente e com aspereza, Luiz Francisco só escapou de castigos mais severos porque o Planalto nunca falta a companheiros aflitos. Dois meses depois da tentativa de obstrução da Justiça, o governo promoveu Colazzos a guerrilheiro, concedeu-lhe asilo político e, de brinde, arrumou emprego para a mulher. Sem alternativa, o STF devolveu-o a liberdade.

O que mais andou fazendo Luiz Francisco para matar o tempo?, quis saber a coluna nesta sexta-feira. Uma funcionária da Procuradoria informou que não seria possível encontrá-lo. Em lugar incerto e não sabido, está gozando de mais um período de descanso remunerado.

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/o-pais-quer-saber/o-procurador-que-encontrava-um-culpado-por-semana-finge-que-nao-enxerga-bandidos-ha-seis-anos-e-meio/

Katyn, massacre comunista e mídia amestrada

Ipojuca Pontes | 29 Maio 2009
Artigos - Cultura


Como todo sistema comunista se alicerça única e exclusivamente em cima da mentira, com a quebra do "Pacto Molotov-Ribbentrop", em 1941, a troika Soviética passou a atribuir o massacre de Katyn aos nazistas, embora toda Polônia soubesse que a carnificina tinha sido ordenada por Stalin e a vontade do Politburo. Aos recalcitrantes nativos que ousassem levantar a voz contra a mentira soviética, caia sobre eles a mais virulenta repressão, não raro acompanhada de novos fuzilamentos.

Assim está escrito na secção de serviço "Rio Show", no Segundo Caderno de "O Globo", sobre o filme "Katyn", do cineasta polonês Andrzej Wajda (pronuncia-se "Vaida"): "Drama. Os bastidores do massacre de Katyn, meses depois da invasão nazista na Polônia, em 1939". Tão só e nada mais.

Ignorância cega ou má fé cínica? O massacre de Katyn, um dos episódios mais torpes da 2ª Guerra Mundial, que eliminou praticamente toda elite militar polonesa, foi perpetrado pelos comunistas soviéticos, a partir de ordens expressas do Kremlin. Então, por que não mencionar no "Rio Show" que ele foi cometido pelos russos? Lendo o informe o usuário do jornal, desconhecendo os fatos, vai inferir o quê? Obviamente, que os responsáveis pelo massacre de 14.700 oficiais poloneses, na Floresta de Katyn, em 1940, foram os nazistas.

Sem dúvida, é o jornalismo global a serviço da desinformação e da distorção velhaca dos acontecimentos históricos, sobretudo quando se sabe que o filme versa sobre o minigenocídio articulado a partir do acordo secreto estabelecido entre Hitler e Stalin ("Pacto Molotov-Ribbentrop", assinado no Kremlin em agosto de 1939), que se destinava a dividir a Europa em duas esferas de influência. Neste acordo, os russos ficaram com o Leste da Polônia, Letônia, Estônia, Finlândia e Bessarábia, na Romênia, enquanto os alemães se apossaram de Lituânia e da estreita (mas extensa) faixa de terra conhecida como o "Corredor Polonês", necessária à logística Nazi para fazer eclodir a 2ª Guerra Mundial.

(A propósito, segundo registra o historiador Simon Montefiore, em "Stalin - a Corte do Czar Vermelho" - Companhia das Letras, São Paulo, 2006 -, depois da assinatura do pacto sinistro, Stalin e Ribbentrop apertaram as mãos, o Koba russo pediu vodka e ergueu um brinde ao ditador Adolfo Hitler: - "Sei o quanto a nação alemã ama o seu Führer" - disse. "Ele é um bom sujeito. Gostaria de beber à saúde dele!").

A ordem para execução do massacre de Katyn partiu do próprio Stalin, que odiava a capacidade de resistência do exército polonês desde 1920, quando os bolcheviques tentaram conquistar a Polônia para disseminar a revolução comunista no Ocidente - e não conseguiram. Açulado também pelo ressentimento, na noite de 5 de março de 1940, depois de reunião a portas fechadas com os membros do Politburo, o ditador russo, fumando o seu indefectível cachimbo, rabiscou a sua assinatura no documento que ordenava, de um só golpe, a eliminação de boa parte da oficialidade polonesa. Na ocasião, Stalin repetiu aos pares a frase predileta do seu antigo assessor, Nikolai Iejov, o carrasco do Grande Terror, responsável pela execução, em 1937, de 110 mil poloneses civis: "Melhor ir longe demais do que não ir longe o suficiente".

Mas o ditador russo não ficou por ai: ordenou a matança de mais 11 mil prisioneiros "contra-revolucionários", entre velhos, homens e mulheres, todos considerados (junto com os oficiais) "sabotadores empedernidos do poder soviético". Para providenciar o massacre, foi chamado o "Promotor" Laurenti Beria, chefe da NKVD (mais tarde, KGB), que, embora manifestasse (por "razões pragmáticas") o desejo de "vê-los em campos de trabalhos forçados", acatou as ordens do chefe e escalou o agente Blokhin, seu subordinado direto, para executar o serviço macabro.

Depois do massacre, num relatório destinado ao chefe da NKVD, o sanguinário Bloktin assinalou que, junto a dois outros asseclas, equipou uma cabana com paredes à prova de som, em Ostachkov, e estabeleceu a cota de 250 fuzilamentos por noite. Sobre o assassinato em massa, o agente relata: "Usei um avental de couro e gorro de açougueiro, matando, em 28 noites, 7 mil oficiais, portando uma pistola Walther alemã para evitar identificações futuras. Os corpos foram enterrados em vários lugares, mas 4500 do campo de Kozelsk foram sepultados na floresta de Katyn".

Como todo sistema comunista se alicerça única e exclusivamente em cima da mentira, com a quebra do "Pacto Molotov-Ribbentrop", em 1941, a troika Soviética passou a atribuir o massacre de Katyn aos nazistas, embora toda Polônia soubesse que a carnificina tinha sido ordenada por Stalin e a vontade do Politburo. Aos recalcitrantes nativos que ousassem levantar a voz contra a mentira soviética, caia sobre eles a mais virulenta repressão, não raro acompanhada de novos fuzilamentos.

Ao dramatizar o sofrimento e a dor moral dos poloneses (em especial, das polonesas) que resistiam à mentira comunista institucionalizada, o filme do diretor polonês robustece a arte e faz do cinema um instrumento a serviço da consciência humana. Wajda não é um falso artista, o enganador, digamos, na linha de um Cacá Diegues, tipo que se esconde por trás da mistificação ideológica para justificar a mentira utópica. O polonês trabalha duro, e de forma inspirada, na busca de um sentido transcendente que lhe permita inquirir a verdade perversa do seu tempo com senso moral e independência. Neste sentido, Andrzej Wajda talvez seja hoje um dos raros artistas ainda atuantes na prostituída atividade cinematográfica.

Diante do sucesso artístico (e político) de "Katyn", distinguido com o Oscar em 2008, a Rússia totalitária de Putin (ex-KGB) e Medevedv reagiu acusando o filme de ser "mais uma manifestação da histeria anti-russa". Nada mais compreensível e, por extensão, revelador. Desde Nikita Khruschev, com a sua fraudulenta política de "coexistência pacífica", passando por Leonid Brejnev, Andropov, Chernenko e Gorbachev (para não falar em Stalin, óbvio), todos os ditadores da URSS trataram de manter os registros e documentos do massacre de Katyn soterrados nos repositórios secretos do Partido Comunista, visto que, segundo eles, a "exposição de tais fatos poderia trazer conseqüências desagradáveis para o Estado Soviético e o socialismo".

Para vir à luz, e ganhar o mundo, foi preciso que Boris Yeltsin, anticomunista tido como alcoólatra, uma vez eleito presidente da Rússia, iniciasse o processo de abertura dos "Arquivos Especiais" e, em 1991, tornasse do domínio público a documentação do massacre, escondida, sem referência, nos porões da KGB. O próprio Gorbachev, o Arauto da Glasnost (Transparência), que nunca deixou de acreditar um só instante no marxismo-leninismo, instado pelo governo polonês a liberar parte da documentação sobre o "Caso Katyn", recomendou em memorando à Chefia da KGB: "Penso que as cópias devem permanecer onde supostamente estão".

Para o júbilo da mídia amestrada.

Fonte: Mídia sem Máscara - http://www.midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7492:katyn-massacre-comunista-e-midia-amestrada&catid=6:cultura&Itemid=8

Redistribuição das Tropas Militares

Valor Econômico, segunda-feira, 27 de julho de 2009.De Brasília

As Forças Armadas preparam uma redistribuição espacial de suas tropas. O Comando da Aeronáutica resolveu abrir, nos próximos anos, sua primeira base permanente na região Norte. Será em Manaus e terá uma frota de caças F-5, modernizados pela Embraer, para dar combate imediato a qualquer ameaça em território amazônico. No comando da Infraero até agosto, o tenente-brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva acaba de concluir uma espécie de "permuta" com a FAB.

Em troca de um terreno para a expansão do aeroporto de Florianópolis, cederá áreas no aeroporto de Manaus para a construção da nova unidade militar. Uma segunda pista de pouso e decolagem, a ser construída em cerca de quatro anos, servirá tanto à aviação comercial quanto os caças, informou Nicácio, que assume no mês que vem o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), em São José dos Campos, um dos principais postos da Aeronáutica. O brigadeiro deverá ser substituído por Murilo Barbosa, chefe de gabinete do ministro da Defesa, Nelson Jobim.

O Exército, no documento "Estratégia Braço Forte", detalha os seus planos de redistribuição. Foram criados dois programas - Amazônia Protegida e Sentinela da Pátria - , que aumentarão o contingente de soldados e oficiais. O primeiro programa visa fortalecer a presença militar terrestre na região e ampliar a vigilância e o monitoramento das fronteiras amazônicas. Serão implementados 28 novos pelotões especiais de fronteira. Eles se somarão aos 21 existentes, que passarão por uma modernização.

O programa Sentinela da Pátria prevê o reforço das estruturas operacional e logística dos comandos militares de área. Inclui basicamente projetos relacionados à transferência, transformação e implantação de unidades. No curto prazo, até 2014, destacam-se os projetos em andamento de implantação da brigada de operações especiais em Goiânia, a transferência da 2ª brigada de infantaria de selva para São Gabriel da Cachoeira (AM) e a reestruturação da força de blindados.

No médio prazo, o programa contempla a transferência da brigada de infantaria Paraquedista para Anápolis (GO) e sua substituição, no Rio, por uma de infantaria leve. Haverá ainda criação de novas unidades de aviação (em Manaus e Campo Grande) e antiaérea (Brasília).

Na Marinha, as mudanças abrangem a criação de uma segunda esquadra e de uma divisão anfíbia no Norte/Nordeste, que também ganharão uma nova base naval. No geral, a Estratégia Nacional de Defesa sugere uma redistribuição territorial que permita o rápido deslocamento das tropas por todo o território brasileiro. A partir dos planos elaborados para cada um dos três comandos, o Ministério da Defesa proporá à Presidência da República um projeto de lei de equipamento e de articulação da Defesa Nacional. (DR)

Militar no poder, nunca mais.

Cresce o grupo que não quer mais ver MILITARES NO PODER, pelas razões abaixo:

Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças:

- Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista. Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora.

- Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer na espera da barcaça que levava meia dúzia de carros.

- Criaram esse maldito Pro-Álcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. Para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobrás, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); sem contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do álcool.

- Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.

- Tiraram do sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado" . Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo. Uma desgraça completa. Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos. Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.

- Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (TUCURUÍ, ILHA SOLTEIRA, JUPIÁ e ITAIPU), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos. O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.

- Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.

- Baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país. Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.

- Os militares são muito estressados. Fazem tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, sequestros de diplomatas.. . ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.

- Tiraram de nós o interesse pela Política, uma vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.

- Inventaram os tais de FGTS, PIS e PASEP, só para criar atritos entre empregados e patrões. Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder desses empregados contra os seus patrões.

- Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.

Outras desgraças criadas pelos militares:

- Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos e burrice de um oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que inventou o sistema PAL-M

- EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM

Tudo isso e muito mais os militares fizeram em 22 anos de governo. Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguinte, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram. Graças a Deus!

Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos: "Militar no poder nunca mais".

PRINCÍPIOS DA DOMINAÇÃO PELA PROPAGANDA

por Maria Lucia Victor Barbosa
22/07/2009


Durante quatro eleições presidenciais o PT tentou elevar ao cargo máximo da República o pernambucano Lula da Silva. Por que só na quarta eleição conseguiu? Por que finalmente o ex-sindicalista foi considerado carismático, gênio da raça, “luz do mundo”? A resposta é simples: porque nas três eleições perdidas a propaganda do PT era fraquíssima. Só quando Duda Mendonça entrou em cena foi que as coisas mudaram. O eleitorado cativo de 30% foi ampliado e eleitores antes avessos ao discurso incendiário do líder sindical se rederam à barba aparada, ao terno Armani, ao discurso conciliador que nada tinha mais a ver com o prometido e nebuloso socialismo petista que, diga-se de passagem, nunca foi esclarecido.

Na propaganda da quarta eleição e, sobretudo, na manutenção do poder petista, o marqueteiro real colocou em prática alguns princípios que ilustrarei com uns poucos exemplos para melhor compreensão das técnicas empregadas.

1 – Simplificação ou inimigo único. – É importante ter um símbolo e transformar o adversário em um único inimigo. Os símbolos tem se sucedido: Fome Zero, pré-sal, PAC. O adversário é a “elite”, apesar de Lula e companheiros serem hoje a elite do poder, econômica e política. Faz tempo que o PT largou o macacão e veste Armani. Mas para efeitos externos, elite é inimiga e coisa ruim e o presidente da República um pobre operário.

2 – Método de Contagio – Imprescindível reunir vários adversários numa só categoria. Por isso se fala em “oposição” que não deixam o coitado do Lula governar. A realidade mostra que não existe oposição para valer ao governo petista. Tudo está comprado, cooptado, dominado.

3 – Transposição – Carregar sobre os adversários os próprios erros e responder ataque por ataque faz parte da dominação, é importante. Assim, os outros são corruptos, imorais, inimigos da pátria. O PT é o único partido ético e sabe reagir ao menor esbarrão. Truculência é antiga lição aprendida em sindicatos e dá medo.

4 – Exagerar e Desfigurar – Quem já não ouviu que o impeachment de Lula da Silva, a defenestração de Sarney, a CPI da Petrobrás põem em perigo a governabilidade? Mais uma mentira em que se acredita piamente

5 – Vulgarização – Pela boca de Lula o discurso é adaptado ao nível dos menos instruídos. O PT sabe que a capacidade receptiva da massa é limitada, que o povo tem grande facilidade em esquecer e um mínimo de esforço mental, que uma mentira repetida vira verdade e que quanto maior a mentira mais o povo nela acredita.

6 – Orquestração – Repetir um numero reduzido de idéias é importante. Para isso se cria um bordão: “nunca antes nesse país”, que vem acompanhado das realizações que só Lula fez desde o descobrimento do Brasil, algo que converge sempre para o culto da personalidade do presidente,

7 – Renovação – Informações e argumentos devem seguir ritmo rápido de modo que quando o adversário criticar o público já está interessado em outro fato. Isso tem acontecido, inclusive, com a sucessão de escândalos de corrupção do governo, de tal forma vertiginosa que quando surge um o outro já está esquecido.

8 - Verossimilhança – Outro princípio que se baseia na construção de argumentos a partir de fontes diversas, através de informações fragmentárias. Exemplo: para ajudar o compañero e presidente do Paraguai, o bispo célebre por sua incontinência sexual, Lula da Silva romperá o Tratado de Itaipu onerando mais ainda os brasileiros pelo uso da eletricidade. Nesse caso, Celso Amorim justifica o injustificável com um malabarismo verbal ao dizer que o Tratado restringe a comercialização de energia a “entes” dos dois países – Eletrobrás e Ande – “mas não diz que é cada um em seu país”. Estranhas explicações também foram dadas nos casos da Bolívia, Venezuela, Argentina, quando interesses do Brasil foram sacrificados em nome do projeto de poder de Lula da Silva na América Latina.

9 – Silenciação – As questões para as quais não se tem argumentos devem ser encobertas e dissimuladas com a ajuda dos meios de comunicação. Exemplo: enquanto pessoas morrem em corredores de hospitais Lula da Silva diz diante de câmaras e microfones que a Saúde brasileira está perto da perfeição.

10 – Transfusão – É necessário criar um complexo de ódios que possam arraigar-se em atitudes primitivas. Lula e seu governo têm, com êxito, estimulado o ódio de negros contra brancos, de pobres contra ricos. A culpa de tudo é dos “brancos de olhos azuis”.

11 – Unanimidade – Muitos devem ser convencidos de que pensam como todo mundo, de modo a criar a falsa impressão de unanimidade. Isso é visto claramente nas pesquisas de opinião, quando Lula da Silva aparece com altos índices de aprovação.

Estes “Princípios de dominação pela Propaganda”, publicados em 24/06/2009 no Ex-Blog de Cesar Maia, não foram elaborados por Duda Mendonça ou qualquer outro marqueteiro do PT, mas por Joseph Goebbels, chefe de propaganda de Hitler. E se na adiantada Alemanha o Holocausto foi aceito com naturalidade, por que Mahmoud Ahmadinejad, que prega a destruição de Israel e nega o Holocausto, não pode ser recebido de braços abertos por Lula da Silva, tão afeito aos déspotas mundiais? Como dizia Boris Casoy: “Tá tudo dominado”.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

mlucia@sercomtel.com.br
Segue uma elucidativa entrevista com Heitor de Paola.


ENTREVISTA PARA A REVISTA DO CLUBE MILITAR



ENTREVISTA COM O Dr HEITOR DE PAOLA CLUBE MILITAR


O Dr Heitor De Paola, 64, é médico psiquiatra e psicanalista, membro da International Psycho-Analytical Association e do Board of Directors da Drug Watch International e Diretor Cultural da BRAHA, Brasileiros Humanitários em Ação, articulista e escritor, com diversos artigos publicados no Brasil e no exterior, e um livro. No passado, pertenceu a organização Ação Popular (AP) da esquerda revolucionária. Em entrevista à Revista do Clube Militar, o Dr De Paola falou sobre sua experiência passada, sobre seu desencanto com a esquerda, e sobre sua visão atual dos acontecimentos políticos no Brasil, na América Latina e no mundo. Articulista do jornal eletrônico Mídia Sem Máscara, dos Jornais Inconfidência e Visão Judaica, e do site Ternuma. Site pessoal www.heitordepaola.com.



1) Dr De Paola, inicialmente pediríamos que o senhor nos relatasse algo sobre sua experiência como militante de organização de esquerda.


Minha participação começou já em 1959 quando a esquerda da JEC (Juventude Estudantil Católica, versão secundarista da JUC) conquistou pela primeira vez a UGES (União Gaúcha de Estudantes Secundários), com uma campanha ardilosa. Inicialmente fiquei limitado ao mundo estudantil até a renúncia de Jânio. A partir de então engajei na campanha da “legalidade” de Leonel Brizola, então Governador do RS, posteriormente na campanha pelo plebiscito para a volta do presidencialismo (janeiro de 1963). Neste mesmo ano, já universitário, mantive minha participação estudantil, participei do Congresso da UNE que elegeu José Serra Presidente e neste ano começaram meus contatos com a Ação Popular (AP) e com a Juventude Trabalhista.

Senti que eu precisava entender melhor no que estava me metendo e me inscrevi num curso de marxismo do PCB e facilmente fui fisgado por aquela cantilena mágica que fornecia meia dúzia de regrinhas para explicar tudo o que se quisesse. Entrei para a AP pouco depois do comício da Central (13/03/64) e no dia 1º de abril liderei uma greve que atingiu quase todas as faculdades de Pelotas, RS, com exceção da agronomia, onde predominavam filhos de fazendeiros que nos expulsaram a pauladas! Esta greve era coordenada com a Casa do Trabalhador, reduto do PCB.

Em 65 fui eleito Vice-Presidente da UNE num Congresso cercado pelo DOPS e pela Força Pública, no Centro Politécnico de SP. Na campanha da UNE Volante, em outubro, fui preso em Fortaleza, CE, ficando até dezembro no 23º BC. A Diretoria foi desbaratada, sobrando apenas um dos Vices. Em janeiro 66 haveria um Congresso na União Internacional de Estudantes (UIE) na Mongólia ao qual não consegui comparecer.

Nos dois anos seguintes levei uma vida dupla: como já estava visado, abandonei a política estudantil e integrei o Comando Zonal Sul da AP, encarregado principalmente de Rio Grande, RS. Lá, organizei duas células operárias e uma camponesa e ainda ajudei a montar o esquema de passagem Brasil-Uruguai via Jaguarão-Rio Branco. Em janeiro de 68 saí. Os estudos teóricos, geralmente com estrangeiros clandestinos, versavam sobre Mao, Ho Chi Minh, Giap, Régis Debray.


2) E como se deu o desencanto com a esquerda?


Desde que entrei para a AP rebelei-me contra o extremo autoritarismo que reinava entre seus membros, disfarçado de livre discussão – a “luta interna”. Eu já havia estudado Marx e Lenin e conhecia teoricamente o conceito de “centralismo democrático”, mas jamais o havia experimentado ao vivo. No entanto logo ocorreu a contra-revolução de 64 e me convenci que, num movimento clandestino, ele é fundamental, pelo menos por razões de segurança.

Outro fator foi quando, em 65, sendo Vice-Presidente da UNE, percebi a enorme hipocrisia de reuniões para promover a revolução proletária em mansões de altíssimo luxo com farta distribuição de bebidas importadas e carros idem. Numa delas encontramos com altos dirigentes da AP, inclusive o Coordenador Nacional, Herbert José de Souza, o Betinho e eles me pareceram plenamente satisfeitos e adaptados ao local.

Eu percebia, também, um absoluto desprezo pelos outros, os quais só serviam enquanto fossem úteis à causa ou a propósitos mais sórdidos dos dirigentes. Um dos operários que eu “ampliara” foi despedido, ninguém – nem eu – o ajudou, passou a beber, foi abandonado pela família. Outro, um camponês, foi mandado para um encontro no Nordeste e jamais voltou e passou a ser proibido perguntar por ele.

Mas não quero passar por inocente: só saí em função da luta armada, que não aceitei. Não fosse isto eu teria permanecido mais tempo, não sei quanto.


3) Pode-se afirmar que há sinceridade nas afirmações de ex-terroristas, quando alegam que pegaram em armas para salvar a democracia no Brasil?


Absolutamente nenhuma sinceridade! A “luta armada” começara ainda durante o governo democrático de João Goulart, em 1961 e, se teve que ver com alguma ditadura, foi com a cubana. No dia 1º de maio daquele ano a revolução cubana abraçou oficialmente o comunismo e tornou-se uma cabeça de ponte soviética na América Latina. Note-se também que neste ano houve uma radicalização da guerra fria e a construção do Muro de Berlim. A exportação da revolução para o resto do continente começou imediatamente visando, primariamente, a Venezuela – por causa do petróleo – e o Brasil – por seu imenso território e importância estratégica em função da industrialização que avançava lentamente, mas de forma segura. E também por possuírem as Forças Armadas mais capacitadas do continente e era necessário vingar-se de 35. A esquerda brasileira, que tinha um pé firme no governo federal, imediatamente aliou-se a Cuba com a finalidade de implantar um regime idêntico aqui.

Três mentiras precisam ser desfeitas:

a- De que a “resistência democrática” começara após o “golpe” de 64. Na verdade, este movimento cívico-militar só ocorreu em conseqüência do grau que já alcançara o avanço revolucionário sobre o poder.

b- De que a luta armada foi desencadeada após o AI-5. Agitações, atos terroristas, focos guerrilheiros precederam a promulgação do mesmo e foram a sua causa.

c- De que a esquerda revolucionária lutava para restaurar a democracia. Não conheci – e continuo quarenta anos depois sem conhecer – nenhum esquerdista democrata. A esquerda visa, ao contrário, implantar o comunismo. Só. O resto é balela.


4) O senhor ao passar a defender princípios contrários aos que esposava no passado sofreu algum tipo de reação traumática em seu relacionamento pessoal?


Logo no início sim. Quando me recusei a prosseguir no caminho revolucionário, exatamente em função da aprovação da luta armada pela AP em janeiro de 68, sofri ameaças de meus antigos “companheiros”, que incluíam pessoas a mim chegadas. Mas eu ainda não defendia princípios contrários. Permaneci alguns anos numa espécie de limbo ideológico, a convalescença veio bem mais tarde, como já expliquei em artigos, conferências e livro. Durante alguns anos eu ainda era procurado por antigos companheiros, inclusive após minha mudança para o Rio. É impressionante como me localizaram rapidamente. Mas não houve mais ameaças, apenas tentativas de arregimentar-me outra vez e contribuições para o sustento do pessoal clandestino.


5) Que considerações o senhor faz sobre o Foro de São Paulo?


A principal consideração não é minha, mas dos próprios fundadores do FSP: é uma organização que reúne as esquerdas da América Latina na tentativa de recuperar neste continente o que fora perdido do Leste Europeu. Ora, o que se perdeu lá – se é que se pode dizer que tenha havido alguma perda? O comunismo. Portanto é uma falácia dizer que o FSP é um clube de amigos, apenas um fórum de debates, cujas decisões não são mandatórias. Segundo seu próprio idealizador, fundador e por anos Secretário-Geral, Marco Aurélio Garcia, trata-se da refundação do comunismo, não mais como uma “revolução proletária”, mas seguindo os ensinamentos de Antonio Gramsci, privilegiando a revolução cultural. Pode dar a impressão de não haver unidade já que o grau de evolução é distinto nos diversos países, mas Hugo Chávez já explicou claramente que, enquanto ele vai de Ferrari, outros são obrigados a ir mais devagar: “O gradualismo é uma estratégia necessária dos governantes esquerdistas para se fazerem aceitar aos poucos”. É ainda MAG quem disse: “Primeiramente temos que dar a impressão de que somos democratas. No início teremos que aceitar certas coisas. Mas isto não durará muito tempo”.

O regime que virá a se estabelecer é a ditadura de terceira geração: a repressão não mais generalizada, como o paredón de Fidel, mas seletiva. São atacadas algumas pessoas ou organizações cuidadosamente selecionadas e o resto se intimida. Veja-se o que ocorre na Venezuela e mais recentemente no Equador, na Nicarágua e na Bolívia.

Apenas secundariamente o FSP foi fundado para tirar Cuba da situação em que se encontrava após o fim da mesada soviética, sendo a última Resolução da OEA cancelando a expulsão de 1962, um dos objetivos secundários plenamente atingidos pelo FSP.


6) Como o senhor analisa o chamado socialismo bolivariano?


Fiquemos com o substantivo porque o adjetivo é falso: socialismo, a fachada de sempre para esconder o fato de que é o velho comunismo. O “bolivarianismo” é uma falácia, uma mistura de elementos incompatíveis para enganar a população e unir comunismo com orgulho nacionalista – ou latinista, pois se pretende implantá-lo em todo o continente – enquanto sua pseudo-doutrina é marxista-leninista e maoísta na origem, nos meios e nos objetivos. Em 1858, em contundente artigo denominado Simón Bolívar, Karl Marx ataca o Libertador com sua costumeira fúria e mordacidade. O desprezo de Marx por Bolívar era tão profundo que, no verbete biográfico que escreveu para a New American Encyclopaedia, ele analisa em detalhes cada uma de suas campanhas, nega suas aptidões militares e, pior ainda, nega-lhe a valentia. Segundo Marx, Bolívar sempre abandonou seus homens em batalha para fugir covardemente. Como então juntar Marx e Bolívar na mesma mixórdia ideológica de Chávez? É só para inglês – ou americano – ver!


7) Como o Senhor vê a verdadeira lavagem cerebral que os estudantes brasileiros têm sido submetidos nas escolas brasileiras, em todos os níveis de ensino?


Como parte essencial da revolução cultural, da “longa marcha para dentro dos aparelhos de hegemonia da burguesia”: educação, mídia, sociedades científicas, Igreja Católica e Forças Armadas, visando modificar o senso comum (as bases tradicionais do pensamento e dos valores ocidentais). Obviamente a educação é primordial, pois abrange desde a mais tenra idade, como já se vê ocorrer com as crianças que, submetidas à doutrinação marxista, já se voltam contra os pais e a família.

A obra maléfica de Paulo Freire, A Pedagogia do Oprimido, começou a ser utilizada na década de 60, antes mesmo do livro que consolidou o pensamento freiriano, principalmente nas escolas de monges capuchinhos, jesuítas e dominicanos. Doutrinando, ao invés de ensinar, foi destruindo lentamente e de forma sutil, toda a educação clássica e formando robôs com “consciência social” e não mais pessoas eruditas. A juventude de hoje sequer consegue articular frases coerentes, mas sabe muito bem quem são os “opressores e os oprimidos” não conhece – ou desdenha – os heróis nacionais, mas cultua Che, Mao, Fidel, etc. desconhece a rica literatura brasileira e portuguesa, mas conhece bem a reles pseudo-literatura dos Best Sellers. A atual geração de pais e mães já foi deformada de modo que não podem ser “opressores” dos próprios filhos e deixam a eles decisões que não têm condições de tomar. Já estamos perto do caos total e isto se reflete nos baixíssimos índices que a educação brasileira vem obtendo.


8) O senhor lançou recentemente o livro “O Eixo do Mal Latino-Americano”, um estudo minucioso da evolução do comunismo entre o pós-guerra e o Foro de São Paulo. Que comentários pode fazer sobre mais essa obra sua?


Deixo a palavra com o Professor Ivanaldo Santos que, recentemente, elaborou uma resenha do livro: “Neste livro Heitor De Paola apresenta, a partir de sólida documentação, como milhões de pessoas estão sendo submetidas a um sistema de profunda lavagem cerebral e, por conseguinte, de total anestesia política. Esse sistema é financiado pelos governos esquerdista-liberais, por ONGs e fundações internacionais. Além de amplas fontes de recursos financeiros existe a cumplicidade de setores estratégicos da sociedade como, por exemplo, a grande mídia, parte da intelectualidade universitária e setores da Igreja que se auto proclamam de “progressistas” e “esclarecidos”. Entre esses setores ganha destaque a Teologia da Libertação (TL). Uma teologia de inspiração marxista e ateísta que, na prática, funciona como a quinta coluna, a qual tem por finalidade minar e, se possível, destruir a Igreja por dentro, ou seja, a partir de seus sólidos alicerces evangélicos e filosóficos. (...) Por fim, afirma-se que o livro de Heitor De Paola é fundamental para a compreensão da história e das atuais estratégias planetárias de implantação de um governo único e, com isso, acabar com a liberdade. Este livro pode ser o primeiro passo de um processo de esclarecimento e contra-revolucionário na América Latina e no mundo. Justamente o processo que a atual sociedade precisa para novamente poder compreender e experimentar a liberdade e a dignidade humana”.

Comunicado do Dep. Jair Bolsonaro

Eis o comunicado de nº 199, do Deputado Federal Jair Bolsonaro.

"COMUNICADO Nº 199

Brasília, 15 de julho de 2009

MILITARES ATIVOS E INATIVOS
(O QUE HÁ SOBRE DESVINCULAÇÃO SALARIAL)

No início do Governo Lula, a PEC-40 criava o regime “Atuarial e contributivo para inativos e pensionistas”, levando-nos para o “INSS”. Com muito empenho e o apoio dos Chefes Militares conseguimos ficar fora daquela reforma.

Na gestão do Ministro José Viegas esteve para ser encaminhado projeto do Executivo considerando como “fictício” o tempo de serviço militar em academias e escolas de formação. Na ocasião, argumentei que a proposta causaria sérios problemas, pois cadetes e alunos poderiam contribuir como autônomos e tratarem seus instrutores (capitães e tenentes) como professores universitários.

Do governo anterior ainda temos a atual MP 2215-10, originalmente nº 2131, de 29/12/2000, como herança maldita. Quando de sua edição, fiz contatos com outros deputados e apresentamos 823 emendas com o intuito de inviabilizar sua votação, pois, caso assim não tivesse agido, a MP teria se tornado lei sem qualquer alteração.

A MP 2215 desmotivou a carreira militar provocando expressiva quantidade de evasões de oficiais e praças nas Forças Armadas. Somente entre capitães e tenentes ocorrem, por ano, mais de 200 demissões sendo esse número bem maior entre os sargentos.

Nosso inimigo tem endereço certo e sabido, bem como são claras suas intenções. De concreto, se agora novamente se articula desvincular os proventos/pensões (inativos e pensionistas) da remuneração (ativos), só saberemos quando alguma proposição (PL – MP – PEC) for encaminhada ao Congresso.

Em 2000, como a MP 2215 não atingiu quem tinha 30 ou mais anos de serviço (proventos do grau hierárquico superior, licença especial, etc) tudo foi “entubado”. Os mais antigos, ainda na ativa, como não foram prejudicados, ...

Hoje, como o fantasma da desvinculação assusta inclusive os que nada perderam em 2000, conclama-se pela união de todos. A não ser que essa futura mudança atinja apenas aqueles que ainda não possuam 30 anos de serviço. A exemplo de 2000, devemos ficar atentos para esta hipótese.

No próximo ano teremos eleições e nossa união política será a única esperança de não sofrermos mais perdas. Alerto, apenas, para o fato de não se dividir apoios dentro de um mesmo Estado, pois, como é sabido, cheguei à política, em 1988, por obra do acaso e, hoje, no Rio de Janeiro, temos alguns companheiros muito mais interessados em me “derrubar” do que eleger outros de farda nas demais Unidades da Federação.

Estarei pronto para lançar e apoiar, dentro de minhas possibilidades, candidatos à Câmara dos Deputados, em 2010, visando à formação de bancada capaz de demover os propósitos daqueles que querem transformar as FFAA em instituição de 3ª categoria.

Atenciosamente,

JAIR BOLSONARO – Cap/R1
Deputado Federal – Tel: (61) 3215-5482
www.bolsonaro.com.br"

terça-feira, 21 de julho de 2009

Manifesto do Lions Clube

O Lions Clube de Blumenau Centro, reunido em assembléia no dia 15 dejulho de 2009, formulou e aprovou por unanimidade a divulgação ao país, por todos os meios ao seu alcance, do seguinte manifesto.

LIONS CLUBE DE BLUMENAU CENTRO
CNPJ 01.445.120/0001-65

“Maior servidão é mandar homens, que servi-los.”
(Padre Antônio Vieira, 1608/1697, nascido em Portugal, viveu por muitotempo no Maranhão).

MANIFESTO À NAÇÃO

O sentimento da população brasileira para com a política e os políticos é de profunda indignação e revolta. Infelizmente os desmandos são de tal ordem e número que, além deste sentimento de frustração, as pessoas parecem estar anestesiadas.

O Lions Clube de Blumenau Centro, com 53 anos ininterruptos de serviços prestados à comunidade, tem, entre seus objetivos, o estímulo ao patriotismo. Conta até hoje em suas reuniões com alguns dos seus fundadores, forma um grupo preocupado com o Brasil e também se sente atingido por esta indignação, que é notória nas ruas.

Em vista disso elaborou o presente manifesto, a ser divulgado de todas as formas e por todos os meios possíveis, objetivando despertar o país da letargia e reverter o quadro lamentável que se espalha entre os brasileiros responsáveis.

Ainda que os índices econômicos possam aparentar uma certa tranquilidade, ela é ilusória, na medida em que padrões éticos estão sendo vilipendiados diuturnamente nos mais variados níveis da administração pública. Eles são tanto mais graves, quanto mais próximos da esfera federal.

Escândalos de toda ordem, desde malversação do erário, favorecimentos pessoais espúrios, espírito corporativista intoleravelmente reprovável, aumento absurdo no número de cargos e atitudes antiéticas deixaram de ser exceção, para virarem regra. Nem bem um escândalo é divulgado, outro lhe toma o lugar, gerando na população, por esta sequência regular e continuada, aquele sentimento de impotência e letargia referido anteriormente. Parecemos todos zumbis estáticos, observando os fatos sem reagir, descrentes de mudanças positivas.

Não se trata de reivindicar um simples e utópico processo de distribuição de renda, de criticar irresponsavelmente a livre iniciativa ou de levianamente censurar bons salários aos administradores públicos competentes. Trata-se de encontrar um modelo mais comedido, em que o cidadão trabalhador não fique estarrecido ao verificar que o que percebe de rendimento em toda uma vida é pago a alguns funcionários públicos e parlamentares em questão de poucos anos, quando não alguns meses, sob as mais variadas denominações!

Ainda que fosse somente pelo fato de não carregarmos na consciência a censura de nossos filhos e netos pela nossa omissão e pelo nosso silêncio, e não pelo patriotismo em si, hoje tão pouco em voga, nós, membros do Lions Clube Blumenau Centro, sentimos ter chegado o momento de levantar a voz, pacífica mas energicamente. Este manifesto não pretende ser um brado irresponsável, uma palavra de ordem surrada ou um grito oportunista, que são os adjetivos tantas vezes usados pelos poderosos para abafar os protestos dos insatisfeitos.

Ele pretende ser um alerta, um chamado ao despertar, um incentivo à formação de cidadãos que, além de emprego e trabalho, sintam orgulho dos líderes que conduzem através do seu voto aos cargos públicos, dos mais altos aos mais baixos, delegando-lhes poderes para fazer honestamente o melhor pelo país, pela sociedade, pela comunidade.

O Lions Clube de Blumenau Centro está preocupado com a violência já não mais restrita aos grandes centros e que avança dia a dia, alcançando índices alarmantes. Está preocupado com a educação, na qual, sob um distorcido conceito de liberdade, os alunos estão agredindo os professores, as drogas estão sendo consumidas por nossa juventude à luz do dia e diante da polícia, trazendo em seu rastro a criminalidade crescente, apenas para citar alguns exemplos.

Os parlamentares estão legislando cada vez menos, porque preocupados em acusar adversários ou em defender-se de acusações, brigando por cargos e benefícios, dando as costas àqueles que juraram defender. Reclamam do Executivo quando este governa com medidas provisórias, mas não têm coragem de simplesmente rejeitá-las, temerosos de que com isso seus apadrinhados sejam prejudicados nas inúmeras nomeações que irão favorecer este ou aquele partido e assim perpetuar as benesses que aparentemente passaram a ser o objetivo principal e imediato de suas ações.

Não menos preocupante é o quadro do Poder Executivo em seus vários níveis, pois se vale exatamente deste poder de nomeações e da famigerada “caneta na mão” para manter em rédea curta o Congresso. Nele os parlamentares assemelham-se a sócios lutando por objetivos comuns, embora condenáveis e distantes das necessidades da população.

Triste é também a situação do Judiciário, que, embora dispondo hoje de toda a tecnologia da informática, acumula nos gabinetes os processos cujas decisões o cidadão ansioso espera por anos, às vezes décadas. Ilustra bem este quadro a recente divergência manifestada de forma agressiva e lamentável entre os ministros da mais alta corte, o Supremo Tribunal Federal, minando a confiança das pessoas na última instância a que podem recorrer quando têm seus direitos ameaçados ou agredidos.

Se a democracia está sustentada nestes três poderes e estes estão tão comprometidos em sua ação efetiva e em seu comportamento ético, fácil é concluir que quando o fundamento é frágil, a estrutura que ele sustenta também se fragiliza e ameaça ruir. Não foi para isso que a democracia foi defendida a alto preço em passado recente. Simplesmente tratar desiguais com igualdade não é democracia, é anarquia!

A classe dirigente não pode ser apenas uma elite intelectual. Isso é pouco! Ela tem de ser, antes disso e mais que isso, uma elite moral. Um bom serviço eventualmente prestado no passado por algum político não autoriza e nem pode servir de atenuante para que ele cometa deslizes no presente. Napoleão já dizia que “Toda indulgência para com os culpados revela conivência.”

Assim como não se pode exigir que um filho imaturo seja exemplo para seus pais, mas sim o contrário, da mesma forma não se pode jogar nas costas da sociedade a responsabilidade pelo pouco caso que seus dirigentes têm para com a coisa pública, impingindo-se a ela, sociedade, a culpa por suposta falta de critério na escolha dos candidatos eleitos. Esta é uma forma ardilosa, perversa e demagógica de pulverizar a responsabilidade por má conduta, tirando-a dos ombros dos dirigentes para espalhá-la comodamente sobre os ombros dos dirigidos.

O objetivo do presente manifesto é, finalmente, despertar na opinião pública, nos clubes de serviço, órgãos representativos, imprensa e comunidade em geral, um clamor para que apareçam sugestões de procedimentos mais éticos e reformas estruturais.

Folha corrida limpa para candidatos a cargos públicos? Eliminação ou restrição drástica de comissionados? Redirecionamento das prioridades do país? Assembléia Nacional verdadeiramente “Constituinte” e não simplesmente com poderes constituintes como foi a de 1988? A Constituição “cidadã” efetivamente logrou promover a verdadeira e autêntica cidadania? Manteve equilíbrio entre direitos e deveres? São perguntas ilustrativas que este manifesto, num primeiro momento, deixa no ar, para reflexão.

A nossa associação não tem receitas prontas para que esta mudança urgente e inadiável se concretize. Ela deseja sim, juntamente com outras entidades, participar com sugestões. Mas, cabendo originalmente ao Congresso articular as mudanças positivas, é lá que deve acontecer a mudança em primeiro lugar.

O Lions Clube de Blumenau Centro, através deste manifesto, busca o apoio de tantos quantos o lerem e concordarem com ele para que, formada uma corrente de ética, moralidade, cidadania e transparência, se dê um basta a esta torrente de escândalos. Que comecemos todos nós, brasileiros de bem, a construir um país melhor, mais humano, íntegro e civilizado, dirigido por pessoas das quais possamos nos orgulhar e não nos sentirmos profundamente envergonhados, como hoje acontece.

Que nos sirva de inspiração, incentivo e fecho deste manifesto a seguinte frase do escritor e analista econômico e político sul-africano, Leon Louw:

Se conseguirmos fazer avançar a multidão na direção certa, os políticos não terão outra alternativa senão sair à sua frente.

Blumenau, SC., Julho de 2009.
Hézio Araújo de Souza
Presidente 2009/2010

A utilização, divulgação e reenvio do manifesto são livres, citada afonte.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Esqueceram...

Caros amigos MILITAREAS e CIVIS PATRIOTAS:

" Em 8 de maio próximo passado, o Mundo comemorou o 64º aniversário do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial. Cerimônias aconteceram em Moscou, Paris , Londres e Washington . Na França, foi Feriado Nacional.

No Brasil, a data passou "em branco" e os Governos Federal, Estaduais e Municipais, não deram "um pio" sobre a data. Nosso Presidente, que por força da Constituição Federal deveria ser o Comandante Supremo das Forças Armadas, ignorou a data (talvez nem saiba do que se trata, culto como é). Nem muito menos em nosso "Congresso " (?), que tem como hábito homenagear os fatos mais insólitos e - até mesmo- estapafúrdios em suas chamadas "sessões solenes", houve qualquer pronunciamento.

Ficou perdida- senão deliberadamente afastada- mais uma oportunidade de valorizar atos de honra e patriotismo de alguns dos verdadeiros heróis deste País, e de reabrir para os mais jovens algumas das mais importantes páginas da real História do Brasil.

Esqueceram que o Nordeste foi considerado Zona de Guerra. No Recife chegou-se a exercitar o "blackout" como forma de defesa antiaérea, além de preparativos para atender a eventuais necessidades de emprego de artilharia contra aviões do III Reich.

Esqueceram de que naquela área marítima ocorreu o maior número de ataques da Força Submarina Alemã, na América Latina.

Esqueceram dos mortos dos navios BAEPENDY, ARARAQUARA, ANÍBAL BENÉVOLO, ITAGIBA e ARARÁ, afundados logo ao início da guerra pelo U-507, um dos submarinos da Marinha Alemã.

Esqueceram dos bravos marinheiros brasileiros que, durante praticamente todo o período da guerra, navegando dia e noite nos navios denominados caça-submarinos, fizeram a escolta de centenas de comboios, protegendo milhares de navios mercantes aliados através do Atlântico. A ação desses bravos foi decisiva, frustrando os ataques de submarinos alemães. Sem a participação da Marinha, por meio da Força Naval do Nordeste, seria impossível manter o tráfego marítimo e, consequentemente, o transporte de cargas logísticas durante a guerra, diante da enorme ameaça submarina alemã.

O Brasil se esqueceu dos mais de mil marinheiros que tiveram o fundo do mar como última e eterna morada, vítimas que foram dos ataques por torpedos dos "lobos cinzentos", como eram chamados os Submarinos do III Reich.

Esqueceram da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que esteve na Itália com mais de 25 mil homens, dos quais 443 mortos e mais de 2 mil feridos. Esqueceram que a FEB lutou contra onze Divisões alemãs e duas italianas.

Esqueceram de que a FEB aprisionou os restos das 148ª Divisão de Infantaria Alemã, da Divisão Bersaglieri italiana, e de um Batalhão de Panzer Granadier (granadeiros blindados) com mais de 20 mil prisioneiros, em Fornovo de Taro , norte da Itália.

Esqueceram dos nossos pracinhas mortos nos campos e colinas italianas.

Esqueceram de que o Primeiro Grupo de Caça da FAB foi uma das duas únicas unidades de combate estrangeiras que receberam a Presidential Unit Citation, do Presidente Roosevelt, por bravura em combate.

Esqueceram de que Natal foi considerada o "Trampolim da Vitória" e teve a maior Base Aérea dos EUA fora do território americano e a segunda maior Base Aérea do mundo na Segunda Guerra Mundial, rivalizando com o campo Henderson na ilha de Guadalcanal ,
no Pacífico, conquistada pelos Fuzileiros Navais americanos no final de 1942.

Esqueceram dos "Senta a Pua", os aviadores brasileiros protagonizantes dos mais arrojados e heróicos feitos na aviação de combate, à época.

Mas o Brasil jamais esquece de homenagear os invasores do MST, nem de reeleger os ladrões do mensalão e nem carregadores de dólares em cuecas e ladrões dos cartões corporativos. É o Brasil cujo Presidente declara que é coisa sem importância o uso do dinheiro público para financiar passagens aéreas de famílias de deputados a passeio até pelo exterior. E que considera também sem importância a pouca vergonha, a roubalheira e a indecência que reina em nosso Congresso (congresso ou covil?).

Jamais esquece de homenagear e tratar como "heróis" os traidores como Lamarca, João Amazonas, Arraes e tantos outros que tentaram transformar este País em uma Albânia por meio de atos de terror, covardes assasinatos, roubos e sequestros de gente inocente. Nem de incensar outros terroristas e filhotes de terroristas dos anos
60 que hoje tomaram o poder - inclusive a Casa Civil - ou fazem parte do indecente Congresso que nos representa(?).

Brasil cujo governo não se esquece de ser generoso ao defender e pagar absurdas indenizações a criminosos. Sim, aos criminosos que tiveram frustrados os seus intentos de transformar o País em satélite dos bárbaros regimes de escravidão chinês e russo daquela época, e aqui instituirem práticas tais como "tribunais do povo" e suas penas de fuzilamento, enforcamento e outros tipos de "eliminação" por motivos políticos. Práticas que, como todos sabemos, caracterizaram todas as ditaduras apelidadas de "populares" que se instalaram nos países rendidos às "teorias" de Stálin, de Mao Tsé Tung e de Fidel Castro.

Enfim, o Brasil se esqueceu dos seus Marinheiros, dos seus Soldados e dos seus Aviadores! Esqueceu-se de seus bravos que lutaram pela Democracia no mar, em terra e no ar.

É o Brasil da era Lula, essa triste figura que, à luz da Constituição Federal, deveria ao menos dignificar o exercício do Comando Supremo das Forças Armadas do Brasil..."

BRASIL ACIMA DE TUDO!

SELVA!

A Candidatura do Gen. Heleno

Por: Prof MS Fúlvio Antonio Pastro Lopes

Tendo em vista a atual situação extremamente desastrosa em que os políticos brasileiros colocaram o país, começam a surgir candidaturas alternativas à corrupção, ao entreguismo e à insegurança. Uma das primeiras, senão a primeira e única, é a do General Heleno, ex-comandante militar da Amazônia, que de maneira decidida e corajosa, apresentou sua opinião sobre o que estavam fazendo com aquela importante e rica região do Brasil. Por sua formação militar, o Gen Heleno é um homem culto e cultua os valores morais , como a honestidade e o patriotismo atualmente em falta nas nossas casas legislativas. Até o grande depósito da moral e da justiça, o Poder Judiciário, pelas decisões discutíveis sobre a região norte e até sobre não ser necessário o diploma de nível superior para jornalistas, se encontra sob suspeita frente à população brasileira esclarecida, infelizmente, ao que parece, uma minoria.

Nunca antes, na história deste país, se viu tanto descalabro, tantas desculpas esfarrapadas, tanta malversação do dinheiro público, tanto nepotismo, tanta incompetência, tanta irresponsabilidade, tanto descaso com a educação e saúde e tanta insegurança. Ante este quadro, a parte da população mais esclarecida parece estar impotente. Por esta razão exatamente, a lembrança do nome do ilibado Gen Heleno como um candidato à presidência da república , começa a trazer uma dose de esperança nesta desesperançosa situação.

Tudo bem.


Ele parece não desejar carregar este fardo. Muitas questões de caráter prático também conspiram contra esta proposta de candidatura, como a dificuldade de se obter recursos para a campanha sem estar na máquina governamental, da qual são desviadas gordas quantias para bolsos e para caixas dois pelos políticos sem moral, que parecem ter infestado a política brasileira.

Os partidos políticos, ávidos por mamatas individuais e coletivas, também não devem gostar muito de arrolar em suas listas de candidatos, um cidadão não corrompido por este atual sistema político.

Mas a simples menção de um nome de preferência popular de fora do esgoto inesgotável no qual chafurdam os atuais detentores do poder, já deixa estes políticos com as barbas de molho. Os esquerdistas tremem só de pensar em um (ex) militar na Presidência e de perderem o poder, tão duramente conquistado, a base da compra de votos de velho estilo coronelista e do desvio de recursos orçamentários e das estatais para as campanhas milionárias do Partido . Os poucos direitistas tremem ante a possibilidade de serem defenestrados do sistema e desaparecerem do cenário. Os que são classificados como “de centro” tremem ante o vislumbre de perderem cargos bem remunerados em troca de votos a favor do governo.

Enfim, se a internet derrotou a poderosa mídia, principalmente a Globo e as globetes no plebiscito antiarmas, sempre há a possibilidade de emplacar uma nova esperança para o eleitorado brasileiro. Que todos os políticos tremam ante o fantasma da candidatura de um homem íntegro e tomem um pouco de vergonha na cara.

Vamos levar esta candidatura alternativa adiante.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Bolsa Ditadura vira indústria e já custa R$ 2,5 bilhões

RIO - A iniciativa destinada a reparar danos impostos, durante os 21 anos de ditadura militar, a cidadãos brasileiros transformou-se numa catedral de voracidade, privilégios e malandragens, segundo informa o colunista Elio Gaspari, na edição deste domingo do jornal O GLOBO.

De acordo com o colunista, o chamado Bolsa Ditadura - pagamento de indenizações e pensões a perseguidos políticos ou aos seus parentes - já custou R$ 2,5 bilhões e fez 160 milionários no Brasil. A previsão é de essa conta chegue a R$ 4 bilhões no ano que vem.

(Leia a coluna completa na edição digital - somente para assinantes)

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/06/27/bolsa-ditadura-vira-industria-ja-custa-2-5-bilhoes-756552531.asp
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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Força Militar: Aperto financeiro nos quartéis

Rio - O reajuste dos soldos das Forças Armadas previsto para entrar em vigor daqui a 10 dias está garantido, mas o aperto financeiro decorrente da queda da arrecadação de impostos já começa a ser sentido pelos quartéis. Mais unidades passam a adotar o meio-expediente às sexta-feiras (para economizar com o almoço) e outras estudam estender o corte para outros dias da semana, sendo o preferido a segunda-feira. O exemplo mais duro do aperto financeiro e seus efeitos na rotina e nos bolsos militares vem do Centro de Instrução Almirante Alexandrino, o gigantesco centro de formação da Marinha na Penha. Alunos do curso de cabo estão tendo que pagar pelas apostilas que usam desde que sejam danificadas. “Só cobra se danificar, mas é impossível não danificar. A apostila vive com a gente. É usada em formaturas e até embaixo de chuva”, reclama um aluno. “Não dá para deixar a apostila novinha em folha após o uso. A economia que se está fazendo é bancada pela gente”, completa outro aluno.

Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/economia/html/2009/6/forca_militar_aperto_financeiro_nos_quarteis_18934.html
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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Estou velho

Recebi o texto abaixo de um amigo e compartilho com todos.

"Estou velho.

Não gosto dos sem terra. Dizem que isto é ser reacionário, mas não gosto de vê-los invadindo fazendas, parando estradas, ocupando linhas de trens, quebrando repartições públicas, tentando parar o lento progresso do Brasil. Estou velho.

Não acredito em cotas para negros e índios. Dizem que sou racista. Mas para mim racista é quem julga negros e índios incapazes de competir com os brancos em pé de igualdade. Eu acho que a cor da pele não pode servir de pretexto para discriminar, mas também não devia ser fonte para privilégios imerecidos, provocando cenas ridículas de brancos querendo se passar por negros. Estou muito velho.

Não quero ouvir mais noticias de pessoas morrendo de dengue. Tapo os ouvidos e fecho os olhos, mas continuo a ouvir e ver.

Não quero saber de crianças sendo arrastadas em carros por bandidos, ou de uma menininha jogada pela janela em plena flor de idade. Ou de meninos esquartejaos pelos pais por serem 'levados'... Meu coração não tem mais força para sentir emoções. Me sinto mais velho que o Oscar Niemeyer. Ele, velho como é, ainda acredita em comunismo, coisa que deixou de existir.

Eu não acredito em nada.

Estou cansado de quererem me culpar por não ser pobre, por ter casa, carro, e outros bens, todos adquiridos com honestidade, por ser amado por minha mulher e filhos.
Nada mais me comove... Estou bem envelhecido.

E acabo de cometer mais um erro! Descobri que ainda sou capaz de me comover e de me emocionar. O patriotismo de uma jovem de Joinville usando a letra do Hino Nacional para mostrar o seu amor pelo Brasil me comoveu."


Na cidade de Joinville houve um concurso de redação na rede municipal de ensino. O título recomendado pela professora foi: "Dai pão a quem tem fome".

Incrível, mas o primeiro lugar foi conquistado por uma menina de apenas 14 anos de idade. E ela se inspirou exatamente na letra de nosso Hino Nacional para redigir um texto, que demonstra que os brasileiros verde amarelos precisam perceber o verdadeiro sentido de patriotismo.

Leiam o que escreveu essa jovem. É uma demonstração pura de amor à Pátria e uma lição a tantos brasileiros que já não sabem mais o que é este sentimento cívico:

"Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar:

- O que houve, meu Brasil brasileiro? Perguntei-lhe!

E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas:

- Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo... Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores. Meu povo era heróico e os seus brados retumbantes. O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante. Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes? Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e glórias no passado. Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil.
Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula.

Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim. Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado. Pensei... Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes? Pensei mais... Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?

Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido."

Prioridade da defesa: comando da Amazônia tem carência

ENTREVISTA-Prioridade da defesa,comando da Amazônia tem carência

Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - Um contingente considerado insuficiente e "carências de toda a ordem" são alguns dos obstáculos enfrentados pelo principal comandante militar da Amazônia, "prioridade um" na estratégia de defesa do Brasil.

Responsável há pouco menos de dois meses pelo comando de uma área que abrange seis Estados --Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima-- e pelo patrulhamento de cerca de 11.500 quilômetros de fronteira, o general Luis Carlos Gomes Mattos, chefe do Comando Militar da Amazônia (CMA), aposta no preparo das tropas e no conhecimento do terreno para que o país mantenha a soberania sobre a área.

"(Temos) carências de toda ordem", disse o general à Reuters. "Temos 26 mil militares em toda a área do Comando Militar da Amazônia. Esses militares não estão sozinhos, estão com famílias. Nós não temos ainda moradia para todos, o que é uma grande carência", afirmou.

A região, cobiçada pelas riquezas naturais que abriga, é de difícil patrulhamento, dada sua extensão, diferenças de terreno e porosidade das fronteiras. "Os Estados Unidos, que são o maior país do mundo, têm uma fronteira de dois mil e poucos quilômetros com outro país igualmente importante que é o México, e não conseguem controlar aquela fronteira", comparou o general.

"Imagine o Brasil. Quinze mil quilômetros de fronteira, dos quais 11.500 na Amazônia, com todas as dificuldades que nós encontramos nessas áreas", acrescentou.

Apesar dessas fragilidades, o general ressalta que não existem integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) atuando na Amazônia brasileira.

"As Farc atuam apenas dentro do seu país. Evidentemente que nós nos preocupamos e para isso nós existimos na nossa fronteira, para que não nos utilizem, nem mesmo logisticamente."

A situação poderia ser pior, pois, de acordo com o general Mattos, a Amazônia é a "prioridade um" na estratégia de defesa do Brasil e tem a preferência no recebimento de materiais bélicos. "Tudo vem primeiro para a Amazônia. Nós temos materiais de emprego militar aqui que não existem em outros locais."

Atualmente o CMA tem efetivo de 26.300 homens, espalhados por 124 unidades militares em 56 localidades diferentes. A maioria delas está "muito perto" da fronteira que a região divide com outros sete países sul-americanos.

Esse efetivo, que na década de 1950 era de apenas 1.000 homens, pode ser reforçado pela implementação do plano Amazônia Protegida do Ministério da Defesa. De acordo com o general, ao menos três brigadas devem chegar à região sob o plano. "Eu raciocino cada brigada com efetivo de 4.000 a 4.500 homens", calculou.

Enquanto esse reforço não vem, o chefe do CMA continua apostando no preparo para combate em selva realizado pelo Exército que, segundo ele, é referência mundial.

"Nós costumamos dizer, e o pessoal pode até nos achar um pouco soberbos, que temos o melhor combatente de selva do mundo", afirmou, acrescentando que o CMA está acostumado com visitas de delegações estrangeiras que vêm ao país conhecer de perto esse preparo.

ONGS E ÍNDIOS

A presença de organizações não-governamentais na Amazônia brasileira tem gerado críticas dos que questionam as intenções dessas entidades.

Ao ser questionado sobre o assunto, o general faz ressalvas que, ele sublinha, tem caráter pessoal.

"No meu entendimento, elas deveriam ter recursos não-orçamentários e a gente sabe que isso muitas vezes não é verdade", acrescentou. "Eu acho que elas deveriam poupar os recursos do governo para que fossem utilizados em outros lugares."

Outro ponto polêmico é a demarcação de reservas indígenas em áreas de fronteira, que levou o antecessor de Mattos, o general Augusto Heleno, a classificar a política indígena do governo federal de "lamentável, para não dizer caótica".

"O acesso (das Forças Armadas a reservas indígenas nas áreas de fronteira) ocorre sem problema nenhum, inclusive por decisão do STF. O Exército não tem problema nenhum para ir a qualquer área indígena, qualquer que seja, e existem muitas", disse o general.

"Isso não é uma preocupação do Exército, isso deveria ser uma preocupação de todos os brasileiros", afirmou. "Nossa grande preocupação -- nossa dos brasileiros, não Exército -- é deixar que gente de fora do Brasil, cobiçando as nossas riquezas e tudo que nós temos nessas áreas, convença a opinião pública mundial que nós não temos capacidade para cuidar das nossas riquezas, da nossa Amazônia, do nosso Brasil."

(Edição de Maria Pia Palermo)

Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=20072277

Três homens são presos após invadir quartel da Marinha

Eles estavam armados e com uniformes de fuzileiros

POR BARTOLOMEU BRITO, RIO DE JANEIRO

Rio - Três homens armados e usando uniformes de fuzileiros navais invadiram o Complexo do 1º Distrito Naval, na Praça Mauá, Centro do Rio, em um Corola Toyola, na madrugada desta quarta-feira.

A presença dos suspeitos foi notada por militares do serviço de segurança, que mobilizaram marinheiros e fuzileiros de serviço, além de pedirem ajuda à Polícia Militar, que enviou várias viaturas do 13º BPM (Praça Tiradentes).

Depois de muitas buscas, os agentes conseguiram localizar e prender os bandidos. Não houve reação e nada foi roubado. Os homens foram interrogados e qualificados no Serviço Reservado da Marinha e, em seguida, seguiram para a 1ª DP (Praça Mauá) para serem autuados. A Marinha abriu inquérito para apurar os fatos.

Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/5/tres_homens_sao_presos_apos_invadir_quartel_da_marinha_14323.html