terça-feira, 1 de setembro de 2009

Como o Brasil se tornou um mar de lama - Parte II

A partir do final da década dos 40 aparece um novo modelo de revolução comunista: a que foi conduzida por Mao Tzé Tung (depois com a grafia alterada para Mao Zé Dong) na China continental. Ele pregava que a luta armada deveria começar em ambiente rural, com lento trabalho de convencimento (“trabalho de massa”). Pouco a pouco, o campo iria “sufocando” as cidades e os comunistas venceriam a guerra, praticamente, pela fome nos grandes centros urbanos. Claro que a violência seria em alto grau. Isto colocou mais uma “arma” ideológica nas mãos, ou seria “maos”, dos comunistas em todo o mundo. Incluindo o nosso Brasil.

No fim dos anos 50 aparece mais um modelo de como conquistar o poder por comunistas. O barbudo Fidel e seu fiel escudeiro Guevara, mais Camilo Cienfuegos, que “morreu” em seguida, conseguiram vencer o corrupto governo de Fulgêncio Batista, suportado timidamente pelos americanos, que vacilavam no apoio, pois julgavam que o movimento 26 de Julho de Fidel, não era comunista. Ele se revelou mais tarde.

Com a ajuda de um comunistóide francês, Jules Regis Debray, que escreveu a cartilha sobre o modelo cubano de guerrilha, e do “escritor” Guevara, que contou o que havia ocorrido, surgiu mais um modelo de revolução. O movimento deveria nascer no ambiente rural, formar focos de terroristas e ir dominando as cidades, de maneira rápida, usando a violência em alto grau.

Aliado à conjuntura internacional, este modelo fez grande e efêmero sucesso entre os comunistas/terroristas brasileiros, inspirando o “best seller” do terrorismo “Minimanual do Guerrilheiro Urbano” de autoria do ex-deputado comunista Carlos Marighella, até hoje considerado como “bíblia” dos terroristas, inclusive os do Oriente Médio. Vencidos pelos governos militares, estes comunistóides brasileiros, é evidente, não querem nem ouvir falar nas Forças Armadas.

Mas toda esta salada ideológica não estaria completa sem se falar do comunista italiano Antonio Gramsci. Na década de 20, este intelectualóide italiano incomodava a Benito Mussolini. Foi preso e, na cadeia, teve tempo suficiente para escrever. Escreveu bastante em vários “cadernos”. Teve que utilizar uma linguagem um tanto enigmática para escapar da censura fascista, mas sua obra, mesmo de difícil compreensão e no ostracismo por algum tempo, foi, finalmente, trazida à tona e tornou-se um sucesso, graças à sua genialidade.

Gramsci, simplesmente, observando as sociedades, concluiu que a luta armada era algo muito especifico e somente poderia funcionar em um número limitado de países. Para atingir um universo maior, a maneira de colocar os comunistas no poder deveria ser muito mais sutil, inteligente, eficiente, e, por isto, perigosa.

E está sendo, exatamente esta “cartilha” que vem mergulhando o nosso país neste mar de lama.

Continua...

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